Setor logístico deve chegar a US$1,8 bilhão até 2029 na América do Norte

Comodities, desde matérias-primas para a indústria até alimentos para alimentar populações, percorrem uma jornada complexa pelo setor de transporte e logística, envolvendo uma variedade de modais como navios, aviões, trens e caminhões. Esse setor atingiu um valor aproximado de 1,2 bilhão de dólares em 2022 e projeta-se que alcance mais de 1,8 bilhão de dólares em 2029, segundo dados da Fortune Business Insights, empresa especializada em análise de negócios e mercado.

A previsão para 2029 representa uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 5,11%. De acordo com a Fortune Business Insights, as regiões que se destacam mais neste setor são a Ásia-Pacífico, especialmente a China, e a América do Norte. Para a América do Norte, o relatório destaca o aumento da demanda por logística sustentável como um dos principais impulsionadores do crescimento. Além disso, a expansão do comércio eletrônico e a crescente tendência de compras online nos Estados Unidos e no Canadá são fatores significativos.

Luis Felipe Campos, especialista em logística internacional, observa que o setor atingiu seu pico durante a pandemia de Covid-19 entre 2020 e 2023, nos Estados Unidos. No entanto, agora enfrenta desafios significativos, incluindo dificuldades econômicas pós-pandêmicas e problemas operacionais, como congestionamentos em portos e restrições no Canal do Panamá. Ele destaca que, após a recessão econômica, o setor de logística nos EUA enfrenta dificuldades para manter sua rentabilidade, com portos fechando portões devido aos baixos volumes de importação e exportação. Além disso, restrições no Canal do Panamá têm impactado o tráfego de navios, resultando em atrasos e redução na chegada de contêineres.

Com essa limitação no fluxo de navios, houve atraso e redução na chegada de contêineres. Soma-se a isso o aumento contínuo dos preços de combustíveis e dos custos laborais, que ameaçam a rentabilidade e a sobrevivência das empresas de logística dos Estados Unidos. A fim de tentar manter a competitividade, muitos negócios reduziram as taxas cobradas pelo frete, detalha o especialista. “Com a chegada de 2023, a indústria começou a sentir os efeitos da recessão da economia em todos os setores, na logística em 2024, o desafio é manter-se rentável”, afirma Luis.

“De fato há hoje uma redução das atividades portuárias nos Estados Unidos que começaram a fechar as portas durante os dias úteis devido ao baixo volume de importações e exportações. Por exemplo, o Terminal de Contêineres do Sul da Flórida, localizado em Miami, tem fechado seus portões uma vez por semana nos últimos cinco meses por esse motivo”. O especialista finaliza afirmando que as projeções são animadoras, mas ainda é preciso cautela e muito trabalho. 

DINO

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