Vinte e nove de fevereiro é uma data rara. Por conta de sua excepcionalidade, estabeleceu-se que nesta data, ou anualmente no último dia do mês de fevereiro, seria celebrado o dia Mundial das Doenças Raras. Uma enfermidade é considerada rara quando afeta até 65 indivíduos a cada 100 mil, elas são caracterizadas pela sua diversidade de sintomas que variam entre cada condição e mesmo entre os indivíduos. Muitas destas doenças, são síndromes de origem genética consideradas ultrarraras, em que existem apenas um pequeno número de casos documentados. É o caso da Deficiência da Esfingomielinase Ácida (ASMD), que afeta 0,5 em cada 100 mil nascimentos, trazendo diversos tipos de desafios pela falta de conhecimento sobre a condição.
A estimativa é de que existam cerca de 8 mil doenças raras, que afetam 13 milhões de brasileiros. A maioria das doenças raras (entre 72% e 80%) é de origem genética, e 75% afetam crianças. Para o paciente com uma doença rara, a jornada pode ser tortuosa, em média leva cerca de 6 anos para uma pessoa com uma condição considerada rara ser diagnosticada, e estes podem passar por diferentes tipos de exames, especialistas e mesmo procedimentos desnecessários até ter um diagnóstico correto. Ainda mais, para 95% destas condições, não existe tratamento.
Um diagnóstico difícil
A Deficiência da Esfingomielinase Ácida (ASMD), também conhecida como doença de Niemann-Pick tipo B é resultado de uma mutação genética que gera uma deficiência enzimática, fazendo com que o corpo não consiga metabolizar a esfingomielina, um tipo de lipídio. O resultado é um acúmulo de substâncias gordurosas dentro das células em várias áreas do corpo.
Os sintomas da ASMD podem ser graves e causar complicações, geralmente surgem por volta dos 5 anos de idade, com a criança apresentando aumento do baço e do fígado e desconforto respiratório, porém em alguns casos os principais sintomas só são percebidos na fase adulta. O diagnóstico é feito através de exame de sangue, biópsia de fígado ou pele e, e pode ser confirmado com exame de DNA.
Segundo a geneticista Carolina Fischinger de Souza (Hospital de Clínicas de Porto Alegre), um dos principais gargalos a serem abordados para as doenças raras é a dificuldade diagnóstica, que se dá devido à falta de educação dos profissionais sobre doenças ultrarraras e a dificuldade de acesso a especialistas e exames. Segundo a médica, “um diagnóstico precoce é muito importante pois 30% dos pacientes com alguma doença rara, morrem antes dos 5 anos de idade. O diagnóstico precoce previne progressão da doença, gastos, manejo inadequado e procedimentos invasivos desnecessários. Além disso, permite a pessoa ser colocada em um caminho terapêutico e de cuidado rapidamente, com um tratamento adequado pelos profissionais especializados”.
A geneticista recomenda o fortalecimento de políticas de triagem pré-natal e neonatal, assim como outras já implementadas, como o teste do pezinho, são importantes no atendimento adequado às pessoas com doenças raras.
A ASMD é uma doença crônica que não tem cura, no entanto, desde 2022 já existe tratamento disponível no Brasil. O tratamento é realizado através de terapia de reposição enzimática. Por enquanto, o remédio não está disponível pelo Sistema Único de Saúde – SUS.
a equipe apreendeu um tijolo de maconha, localizado pelo cão "BOLT", do GOC da GCM,…
Serão mais de 12 horas de atividades, incluindo apresentações culturais, uma feira de artesanato e…
Jogos serão divididos em dois ginásios e ocorrem a partir das 8h30. Finais do Masculino…
A vítima foi encontrada por equipes do Serviço de Atendimento móvel de Urgência (SAMU) e…
As apresentações acontecem diariamente, de segunda a sexta, a partir das 19 horas, com algumas…
Os embarques devem ser realizados com os cartões Transporte, Isento ou Estudante, além de cartões…
Esse site utiliza cookies.
Política de Privacidade