Artigo publicado na Updates in Surgery – revista internacional focada em destacar os mais recentes desenvolvimentos no campo da cirurgia, produzida pela Sociedade Italiana de Cirurgia, relata modificações realizadas por médicos brasileiros em técnica a laser para tratar pacientes com doença pilonidal.
O cisto sacrococcígeo ou cisto pilonidal é uma doença que acomete adolescentes e adultos jovens, comumente observada dos 15 aos 30 anos de idade, atingindo, na maioria dos casos, o sexo masculino. Trata-se de uma inflamação crônica, localizada na região do cóccix, a qual ocasiona incômodo e dor.
A médica Sônia Time, coloproctologista do Hospital VITA, em Curitiba (PR), e uma das autoras da publicação, explica que o cisto pilonidal fica localizado no cóccix, região acima da prega glútea, e devido à proximidade com o ânus e também com a parte final da coluna vertebral muitas vezes causa dificuldade diagnóstica e os pacientes costumam percorrer diversos especialistas antes de terem o diagnóstico corretamente firmado.
Segundo a médica, as causas da doença ainda são motivos de controvérsia, mas dentre as teorias mais aceitas estão atrito no local, inversão do crescimento do pelo e microtraumas, que levariam à inflamação crônica e formação dos cistos e trajetos fistulosos.
“Após o surgimento, o paciente fica suscetível a episódios de recidiva. Poucas pessoas não apresentam sintomas, porém a maioria delas sente dor devido à inflamação e em muitos casos há saída de secreção e abscessos que exigem cirurgias de emergência para drenagem. Isso é bastante incômodo para quem sofre com o problema, destaca a Dra. Sônia.
De acordo com a médica, o tratamento definitivo para pacientes que sofrem com dor, desconforto e saída de secreção é por meio de cirurgia. No entanto, o procedimento com corte, apresenta um pós-operatório bastante temido por ser muito trabalhoso, devido à necessidade de curativos diários e de um tempo de recuperação longo, por volta de dois a três meses. Além disso, o problema apresenta um índice relativamente alto de recidiva, o que leva o paciente a postergar o tratamento definitivo.
Para minimizar o sofrimento do paciente, foi criada uma técnica de cirurgia minimamente invasiva a laser. O método tem contribuído para melhorar a qualidade de vida dos pacientes com cistos pilonidais. Além disso, a técnica possibilitou realizar o procedimento cirúrgico sem cortes grandes, aplicando o laser nos trajetos internos do cisto, proporcionando cicatrização mais rápida, sem a necessidade de curativos trabalhosos, e de forma praticamente indolor e sem a necessidade e internação, pode ser feito em esquema de hospital dia, e com retorno precoce às atividades.
Porém, o estudo realizado pelos especialistas brasileiros apresenta uma modificação na forma do procedimento, trata-se da pilonidotomia a laser de energia mínima, ou seja, o método utiliza menos energia. A Dra. Sônia conta que a ideia é basicamente a mesma, o que inova a técnica e torna o estudo pioneiro é o emprego da energia a laser de uma forma que torna o procedimento ainda mais seguro, menos dor, baixas taxas de complicações e rápido retorno às atividades. “É uma boa opção em casos de recidiva e pode ser realizado mais de uma vez se necessário, frisa a médica.
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