Uma pesquisa da empresa Pés Sem Dor, especializada em palmilhas ortopédicas, entrevistou mais de três mil brasileiros e constatou que 70,6% das mulheres e 65,3% dos homens ouvidos dizem sentir dores nos joelhos. Quadros que, comumente, levam as pessoas a buscar atendimento médico. Dependendo do caso, o profissional encaminha o paciente para procedimentos cirúrgicos ‒ entre eles, está a artroplastia.
O objetivo da artroplastia é substituir uma articulação danificada por uma nova articulação, constituída, no caso, por uma prótese composta de materiais metálicos ou plásticos. É o que explica o Dr Marco Aurélio S. Neves, ortopedista especialista em cirurgia do quadril e joelho.
“Trata-se de uma cirurgia indicada a pacientes cujos tratamentos não cirúrgicos, como medicamentos e aparelhos que auxiliam a andar, não surtem mais efeito. É um procedimento seguro e efetivo, que irá aliviar as dores, corrigir deformidades do membro prejudicado e ajudará a pessoa a retornar gradativamente às atividades normais”, afirma o médico.
Como reforça o Ministério da Saúde, a artroplastia de joelho ajuda na recuperação dos movimentos que um indivíduo precisa fazer para sentar, andar, descer e subir escadas sem sofrer com as dores. A cirurgia, como muitas outras, exige alguns cuidados no pós-operatório.
As orientações do ministério envolvem: realização de exercícios sob acompanhamento de um fisioterapeuta, evitar deitar sob o lado operado e manter elevada a perna que passou por cirurgia. Neves acrescenta também que há uso “de uma máquina chamada de CPM [a sigla, traduzida do inglês ao português, significa ‘movimentação contínua passiva’], que visa a movimentar o joelho do paciente por meio de ações de dobrar e esticar”.
Artroplastia de quadril
Além do joelho, a artroplastia pode ser realizada no quadril, em casos nos quais os danos na articulação estão relacionados a condições médicas como artrose, artrite reumatoide e fraturas graves, afirma Neves.
Assim como no caso da operação no joelho, o pós-operatório requer atenção por parte do paciente. “O tempo médio de recuperação total é de cerca de dois a três meses e varia em cada paciente. A fisioterapia começa enquanto a pessoa ainda está no hospital e continua em casa ou em uma unidade de reabilitação especificamente designada”, esclarece o ortopedista.
Segundo Neves, a maioria dos pacientes considera que a cirurgia e a recuperação foram muito mais tranquilas do que o esperado. “Na verdade, nada é pior do que a dor e essa cirurgia é muito eficaz em aliviá-la e melhorar a qualidade de vida.”
No entanto, nem todo caso de dor no quadril ou no joelho é necessariamente cirúrgico. Como afirma Neves, cabe ao médico solicitar exames, fazer a avaliação e alinhar expectativas com o paciente a respeito do procedimento.
“É importante lembrar que a artroplastia do quadril é uma decisão séria e deve ser cuidadosamente discutida com um médico, levando em consideração os riscos e benefícios”, conclui o ortopedista.
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