Como câmeras térmicas podem evitar tragédias por superaquecimento?

No contexto brasileiro, marcado por altas temperaturas no verão, a necessidade de lidar com desafios relacionados ao calor excessivo se torna evidente em vários setores. A ocorrência de um trágico incidente durante um show da cantora Taylor Swift, no Rio de Janeiro, quando uma fã morreu devido a graves sintomas de desidratação, ressaltou a importância crucial de monitorar a temperatura em grandes eventos. Além disso, a preocupação constante com os riscos de incêndio é uma realidade enfrentada diariamente por indústrias e diversas empresas. Nesse cenário desafiador, as câmeras térmicas representam uma solução eficaz para prevenir acidentes decorrentes do superaquecimento.  

De acordo com Rodrigo Cunha, que é Gerente de Negócios na Hikvision, a irradiação (ou radiação) térmica é uma das formas de propagação do calor que ocorre por meio de ondas eletromagnéticas, chamadas de ondas de calor, com comprimentos de onda mais longos do que os da luz visível, tornando-a geralmente invisível aos olhos humanos. “No entanto, qualquer objeto com uma temperatura acima do zero absoluto emite quantidade detectável de radiação. Quanto mais elevada a temperatura, mais radiação ou calor é emitido. As câmeras aproveitam as diferenças térmicas entre objetos para tornar essa radiação “visível” por meio de imagens que representam as zonas de calor”, explica.  

Esse tipo de equipamento funciona independentemente das condições de iluminação. Além disso, as câmeras são eficazes para operar em diferentes condições climáticas, como neblina, fumaça, chuva e neve, o que as torna adequadas para diversos ambientes e horários. A termografia também oferece vantagem para a análise de conteúdo de vídeo (VCA), destacando e identificando objetos com contornos claros em relação ao fundo, mesmo em longas distâncias.  

Ao contrário de métodos de detecção convencionais, que identificam incêndios apenas após o início, as câmeras térmicas podem determinar aumentos de temperatura anormais de forma antecipada. Essa detecção precoce, aplicável em locais como data centers, indústrias e centros de distribuição, sinaliza possíveis problemas antes de se tornarem críticos. Sensores térmicos identificam temperaturas anormais, permitindo que operadores ajam de forma preventiva, reduzindo o risco de incêndios.  

Em resumo, com aplicações diversificadas, desde a proteção de perímetros até a prevenção de incêndios e medição de temperatura, as câmeras térmicas estão se tornando uma ferramenta essencial em vários setores. A queda nos custos e os avanços tecnológicos, incluindo a integração com a inteligência artificial, expandiram significativamente o alcance dessa tecnologia, tornando-a acessível até para pequenas e médias empresas.  

DINO

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