O Outubro Rosa é uma campanha global de conscientização que visa alertar sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama, uma das principais causas de mortalidade entre mulheres.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de mama é o tipo de câncer mais frequente em mulheres, após o câncer de pele. Em 2024, a estimativa é que cerca de 73,6 mil novos casos sejam descobertos, resultando em um risco de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres. Embora seja relativamente raro antes dos 35 anos, a incidência aumenta de forma significativa após essa idade, especialmente a partir dos 50 anos.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, se identificado no estágio inicial, os índices de cura podem chegar a 90% com o tratamento adequado de quimioterapia e radioterapia.
Um dos principais sintomas desses tratamentos é a mucosite em locais como boca, faringe, laringe e regiões próximas da cabeça e pescoço. Esse é um dos efeitos colaterais mais comuns durante o tratamento do câncer e segundo estudos de alunos da Universidade de São Paulo – Faculdade de Odontologia de Bauru, 40% dos pacientes podem apresentar estágio inicial de mucosite.
A inflamação apresenta dores na boca ou garganta, dificuldades para engolir ou falar, dor ao se alimentar, manchas esbranquiçadas ou pus na língua e boca, sangramento local e alteração do paladar. Em casos mais fortes, pode levar a feridas mais fortes, como úlceras, e causar dores a ponto de o paciente não conseguir falar e se alimentar.
Sob a liderança do Dr. Juliano Pacheco Abreu, há oito anos, o Hospital do Câncer de Ribeirão Preto se destaca e é referência internacional no combate à mucosite bucal. Para combater essa condição, a Fundação SOBECCan, em parceria com o Hospital, criou o Projeto Mucosite Zero, que utiliza laser de baixa intensidade como tratamento, o projeto visa atender a população das 27 cidades ao redor da região de Ribeirão Preto.
A aplicação do laser é essencial para aliviar os sintomas, reduzir a inflamação e acelerar a cicatrização das lesões orais o mais rápido possível. Isso pelo fato de ser alto e grave o risco do desenvolvimento de uma infecção sistêmica por conta das feridas na cavidade oral.
Reconhecimento internacional
O projeto liderado pelo doutor, ganhou reconhecimento no setor odontológico nacional e internacional. Mucosite Zero participou como indicado em um dos prêmios mais importantes da saúde no Brasil, o Healthcare Innovation Show e recebe alunos de fora do país para a Mentoria em Odontologia Oncológica.
“O projeto Mucosite Zero nasceu da necessidade de oferecer suporte aos nossos pacientes que enfrentam os desconfortos dessa inflamação. Hoje, além de realizar a laserterapia em meus pacientes, também ensino sobre esse tratamento, que é reconhecido internacionalmente na luta contra o câncer, já recebemos alunos da Argentina, Bolívia e Uruguai”, afirma o Dr. Juliano Pacheco Abreu, dentista que está à frente do projeto.
O presidente do Hospital do Câncer de Ribeirão Preto, Antonio Carlos Maçonetto, também falou sobre o tratamento e o reconhecimento: “Essa parceria tem um importante significado para nós, para o Hospital, que através do trabalho liderado pelo doutor Juliano, espalhamos o nome e o nosso propósito para vários cantos”, explica Maçonetto.
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