O mercado de cannabis medicinal tem apresentado crescimento contínuo no Brasil. Em 2023, o país alcançou a marca inédita de 430 mil pacientes que utilizam tratamentos à base de cannabis, de acordo com o Anuário da Cannabis Medicinal no Brasil. Esse avanço se reflete tanto na expansão das pesquisas científicas quanto no aumento do número de prescritores e da variedade de produtos disponíveis para tratamento. Um dos nomes desse mercado é o Instituto Maple, que oferece tratamentos à base de cannabis por meio de consultas via telemedicina.
O entendimento do funcionamento bioquímico da cannabis e suas propriedades medicinais foi elucidado pelo cientista israelense Raphael Mechoulam. Na década de 90, sua equipe de pesquisa identificou a existência de um sistema no corpo humano denominado sistema endocanabinoide, semelhante aos sistemas cardiovascular, respiratório e urinário. As possibilidades terapêuticas da cannabis medicinal são vastas, com indicações para doenças como epilepsia, autismo, ansiedade, dores neuropáticas, esclerose múltipla e transtornos do sono.
A equipe médica do Instituto Maple é especializada na prescrição de canabidiol (CBD), um dos componentes da cannabis com propriedades terapêuticas comprovadas. Essa substância não é psicoativa e, portanto, não gera os efeitos de euforia associados à planta. Além do CBD, outro componente utilizado nos tratamentos é o delta-9-tetrahidrocanabinol (THC), que, embora psicoativo, pode ser administrado com segurança quando prescrito e acompanhado por profissionais especializados.
A diretora médica do Instituto, Dra. Rafaela Maciel, fala sobre a abordagem ideal na medicina canabinoide: “O lema da medicina canabinoide é começar com uma baixa dosagem e subir devagar, para que o paciente não tenha efeito psicoativo”, explica ela.
O processo para iniciar o tratamento com cannabis medicinal é simples e prático. O primeiro passo é realizar uma consulta com um médico especializado, que avalia o caso e, se julgar necessário, recomenda o uso de cannabis. Em seguida, o paciente deve se cadastrar para adquirir os medicamentos importados, submetendo a prescrição médica e outros documentos exigidos.
No Brasil, ainda é necessário obter uma autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para importação de medicamentos à base de cannabis. Para facilitar esse processo, o Instituto Maple acompanha os pacientes em todas as etapas, desde a consulta até a aquisição do produto, oferecendo suporte contínuo.
Estudos internacionais reforçam a eficácia da cannabis medicinal no controle de várias patologias. Por exemplo, um estudo publicado pelo “Cannabis and Cannabinoids Research” demonstrou que o uso da cannabis medicinal pode reduzir significativamente sintomas de dor crônica e abordou diretrizes práticas para ajudar médicos e pacientes a navegar no uso apropriado de canabinoides na dor crônica e condições concomitantes.
O Instituto Maple trabalha com o objetivo de facilitar o acesso aos tratamentos com cannabis medicinal, tornando-os mais acessíveis e seguros para a população. Segundo Rafaela Maciel, os resultados alcançados com os pacientes do Instituto evidenciam o potencial da cannabis para melhorar a qualidade de vida. “Esse sistema se conecta a todos os tecidos e órgãos do corpo para manter o equilíbrio fisiológico das nossas reações biológicas. Assim, ao modulá-lo, podemos influenciar diversas condições de saúde”, afirma a médica.
Além dos benefícios diretos para os pacientes, o mercado de cannabis medicinal no Brasil tem atraído o interesse de investidores e profissionais da saúde. Ainda segundo a consultoria Kaya Mind, esse setor pode movimentar cerca de R$1 bilhão até o final de 2024. A expansão contínua do mercado, iniciada com a regulamentação da Anvisa em 2015, demonstra que a cannabis medicinal está em consolidação como uma opção terapêutica viável e segura para o tratamento de doenças crônicas e complexas.
Com a crescente aceitação pública e a ampliação do acesso aos tratamentos, espera-se que mais brasileiros possam usufruir dos benefícios da cannabis medicinal nos próximos anos. “O futuro da cannabis medicinal no Brasil é promissor, com o aumento de instituições especializadas como o Instituto Maple e a evolução das pesquisas científicas. A expectativa é de que o acesso aos tratamentos se torne cada vez mais fácil e seguro, melhorando a vida de milhares de pessoas no país”, complementa Maciel.
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