IA: 74% das MPMEs utilizam como estratégia de produtividade

A inteligência artificial (IA) se tornou realidade para as micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) brasileiras. Um estudo recente encomendado pela Microsoft e pela Edelman Comunicação revela que 74% das empresas já estão usando Inteligência Artificial, o que demonstra um aumento significativo em relação aos 61% do ano passado.

A pesquisa mostra o panorama da transformação digital nas MPMEs, destacando o papel importante da IA. O levantamento mostra que 74% das empresas avançaram na adoção da tecnologia, com destaque para o setor de telecomunicações.

O estudo também mostra que os investimentos cresceram consideravelmente no último ano: 47% das empresas estão investindo na tecnologia, um aumento significativo em relação aos 27% de 2022. Os sistemas de armazenamento em nuvem, como a Cloud Computing, lideram os investimentos, com 56% das MPMEs direcionando recursos para essa área.

As MPMEs estão aplicando IA principalmente para melhorar a experiência do cliente, aumentar a eficiência e agilidade e garantir a continuidade dos negócios. As ferramentas mais comuns incluem assistentes virtuais para atendimento e ferramentas de produtividade. Para o futuro, as empresas veem potencial de IA nas áreas de TI, Comunicação e Marketing e Finanças.

O estudo “The Cultural Benefits of Artificial Intelligence in the Enterprise”, desenvolvido pelo Boston Consulting Group (BCG) e o MIT Sloan Management Review (MIT SMR), revelou que 51% das empresas que utilizam inteligência artificial na América Latina conseguiram lucrar com o uso da tecnologia, sendo que em 7% dos casos, o retorno financeiro foi considerado elevado. Globalmente, 55% das organizações que adotaram IA registraram lucro, e 11% dessas lucraram significativamente.

O levantamento também constatou que a IA melhora o trabalho em equipe e impacta positivamente as culturas organizacionais. Na América Latina, 71% dos usuários relataram melhorias na tomada de decisão dos times, 63% disseram que o trabalho se tornou mais eficiente, 71% notaram avanços na aprendizagem coletiva, e 61% acreditam que a confiança da equipe melhorou. 

Nesse cenário, a segurança cibernética é uma preocupação crescente, com 16% das empresas relatando incidentes relacionados à IA. “A falta de profissionais na área e  as incertezas sobre o vazamento dos dados processados pela IA podem ser obstáculos iniciais para essa preocupação, principalmente por se tratar de uma tecnologia nova”, comenta a presidente e cofundadora da tuvis, startup brasileira-israelense especializada em sistemas de segurança cibernética para aplicativos de mensageria, Deborah Palacios Wanzo

Entender os riscos associados ao uso de inteligência artificial é fundamental para evitar consequências negativas. Para construir defesas sólidas contra esses riscos, é essencial adotar medidas preventivas como controles de acessos, bloqueios e permissões de downloads e envio de documentos, notificação de palavras ou frases. A gestão de dados deve ser realizada com políticas claras, armazenamento e uso, garantindo a conformidade com as leis e regulamentações.

O sistema da tuvis já utiliza a inteligência artificial como uma ferramenta no auxílio para a proteção de dados. O sistema DLP (Data Loss Prevention) funciona como uma prevenção para o vazamento de dados sensíveis. É possível gerenciar o envio de palavras específicas, arquivos e downloads em mensagens enviadas no WhatsApp, além de notificar os gestores quando ocorre um incidente, como a tentativa de envio de um arquivo ou termo específico dentro do do software de mensageria, como o WhatsApp. 

Para a especialista, a implementação de monitoramento contínuo e auditorias regulares é importante para detectar e corrigir falhas, garantindo a segurança dos sistemas de IA utilizados pelas empresas. “Medidas robustas de segurança cibernética são necessárias para proteger os dados contra ataques cibernéticos. Além disso, é essencial utilizar sistemas de IA que sejam transparentes, permitindo que o raciocínio por trás das decisões seja compreendido”, finaliza Deborah. 

DINO

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