MPMEs necessitam de apoio para acesso ao crédito

O cenário brasileiro do crédito para PMEs é desafiador com altas taxas de juros sobre empréstimos. Uma alternativa encontrada por empreendedores que vendem produtos e serviços com cartão de crédito é a utilização da antecipação de recebíveis.

“O Brasil e a Argentina são os únicos países do mundo que encontrei em minha pesquisa onde uma venda de cartão de crédito demora até 30 dias para ser liquidada. Isso criou um mercado de antecipação de cartões crédito dominado por poucos players, que oferecem um crédito caro e pouco eficiente”, explica Anderson Pereira, co-fundador e CEO da startup Kapitale.

Filho de um pequeno comerciante, desde pequeno Anderson conhece a luta que é empreender no Brasil, pagar impostos, funcionários e ainda captar novos clientes. “Não vim do mercado financeiro, mas foi por viver as dificuldades de um empresário resolvi atuar como parceiro de distintos perfis de médios e pequenos empreendedores durante minha formação pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT)”, explica Anderson Pereira, ao lançar sua fintech com uma captação inicial de mais de R$ 5 milhões para apoiar o crescimento dos pequenos negócios.

A Kapitale oferece uma plataforma web/móvel que transforma recebíveis de cartão de crédito em ativos de garantia, liberando capital imediato. “Estabelecemos a experiência do cliente com prioridade no design de uma plataforma meticulosamente projetada para velocidade, intuitividade e facilidade de uso”, acrescenta Pereira.

Antecipação de recebíveis apoia fluxo de caixa das MPEs

O setor alimentício também enfrenta desafios no acesso ao crédito. Além disso, a inflação tem afetado diretamente o setor com um aumento significativo nos preços dos alimentos e bebidas. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação do país foi de 0,46%, resultado foi pressionado pelos preços dos alimentos e bebidas, que subiram 0,62% na comparação ao mês anterior, o que tem impactado negativamente as operações e os custos do setor.

Em meio a esses desafios, empresários buscam alternativas. É o caso de Daniel Dias, sócio do Bar e Restaurante Di Primeira, em São Paulo. “A antecipação dos recebíveis nos ajuda a utilizar o dinheiro no dia seguinte para comprarmos insumos e pagarmos as contas básicas da nossa estrutura”, explica Daniel.

No ramo de alimentação não há parcelamento de vendas, mas ainda assim, segundo ele, é recomendável não ter que esperar 30 dias para receber. “Com um bom fluxo de caixa podemos usar esse dinheiro de forma inteligente para vender mais, gerir melhor o negócio e crescer”, afirmou Dias.

Outro segmento de mercado são as farmácias de manipulação de pequeno e médio porte, que também podem enfrentar desafios no acesso ao crédito. A proprietária da Farmácia de Manipulação ProNatura, Andrea Pereira, explica que os recebimentos são na sua maioria via cartão de crédito e por este motivo a antecipação é uma alternativa viável. “O gerenciamento é feito através do nosso fluxo de caixa, pois todos os compromissos assumidos constam da nossa programação de pagamentos. E a maior dificuldade hoje é alinhar a saída de caixa com a entrada”, conta Andrea.

DINO

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