A busca por um futuro mais sustentável pode estar impulsionando uma revolução no mercado de trabalho. Um estudo recente do ManpowerGroup revelou que a criação de mais de 30 milhões de novos empregos verdes nos próximos anos exigirá muito mais do que apenas profissionais da área de energias renováveis.
Segundo o relatório, a transformação verde está reconfigurando diversos setores da economia, desde a indústria automotiva até a construção civil, e criando um conjunto de habilidades demandadas pelas empresas. Enquanto as energias renováveis continuam sendo um pilar, a transição verde também está gerando oportunidades em áreas como economia circular e tecnologias limpas.
As pessoas no centro da mudança
A pesquisa destaca ainda que as pessoas serão o motor da transição verde. Embora haja uma demanda por talentos com habilidades específicas, como engenheiros especializados em energias renováveis, a maioria dos novos empregos exigirá a requalificação de profissionais de diversas áreas.
“A transição verde não é apenas sobre tecnologia, é sobre as pessoas”, afirma Polyana Macedo, Gerente Executiva de RPO no ManpowerGroup Brasil. “É preciso investir em programas de capacitação e desenvolvimento para os trabalhadores poderem acompanhar as mudanças e aproveitar as novas oportunidades.”
Oportunidades e desafios
Apesar do potencial de crescimento, a transição verde também apresenta desafios. A escassez de talentos com as habilidades necessárias, a dificuldade em criar programas de requalificação e a necessidade de identificar competências transferíveis são alguns dos obstáculos enfrentados pelos empregadores, conforme o estudo.
No entanto, a pesquisa do ManpowerGroup também revela um grande entusiasmo por parte dos trabalhadores em relação ao futuro verde. A geração mais jovem, em particular, demonstra um forte interesse em trabalhar em organizações comprometidas com a sustentabilidade.
O papel das empresas
Para garantir o sucesso da transição verde, “as empresas precisam investir em seus colaboradores. Isso inclui promover a mobilidade interna e comunicar claramente os seus objetivos de sustentabilidade”, afirma Polyana Macedo. “Empregadores que investem em seus profissionais e criam um ambiente de trabalho inclusivo e inovador estarão mais bem posicionados para aproveitar as oportunidades da transição verde”, completa a gerente.
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