A inteligência artificial (IA) rapidamente tem se tornado um ponto central nas discussões sobre o futuro dos negócios. À medida que a tecnologia continua a se desenvolver a cada dia, favorecendo aplicações nas mais diversas áreas, o uso ou não vai se consolidar como um diferencial competitivo e de longo prazo frente aos competidores. No entanto, diante de tantas possibilidades existentes, o desafio não é encontrar a ferramenta certa, mas sim saber aplicar a melhor solução para suprir a necessidade de seu negócio, atividade ou área de atuação.
Para compreender esse universo em franca expansão, o relatório sobre o Futuro do Trabalho 2023, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial com o apoio da Fundação Dom Cabral, mostra como as novidades tecnológicas e a 4ª Revolução Industrial vão ao mesmo tempo criar e eliminar milhões de empregos até 2027: sugere-se que quase um quarto dos postos de trabalhos (23%) deverá mudar profundamente ao longo dos próximos anos.
De acordo com as aproximadamente 800 empresas pesquisadas, os empregadores estimam que 69 milhões de novos empregos sejam criados e 83 milhões eliminados, o que corresponde a uma redução líquida de 14 milhões de vagas formais, ou 2% dos empregos atuais. Entre os postos de trabalho que devem desaparecer ou sofrer drásticas, estão: caixas de banco e funcionários relacionados; colaboradores dos Correios; caixas e cobradores; escriturários de entrada de dados; secretários administrativos e executivos; assistentes de registro de produtos e estoque; escriturários de contabilidade; legisladores e oficiais judiciários; atendentes estatísticos, financeiros e de seguros; e vendedores de porta em porta, ambulantes e trabalhadores relacionados.
Este estudo dá mais ênfase às transformações nos empregos de menor valor agregado. Porém, o que se percebe ao longo das últimas semanas é o profundo impacto que as inteligências artificiais generativas também terão em profissões de remuneração mais elevada, como programadores, administradores, criativos e muitos outros.
E estes impactos são, segundo o estudo, decorrentes das transformações que os mais variados setores econômicos sofrerão ao adotar massivamente a inteligência artificial.
Segundo Fernando Moulin, partner da Sponsorb e especialista em transformação digital “é preciso planejar – e não agir por impulso. Antes de qualquer coisa, é necessário compreender a verdadeira essência do negócio, o valor que a companhia entrega ao cliente e seu posicionamento competitivo para, então, avaliar a melhor solução de IA que ajude a elevar a experiência do cliente ou a eficiência operacional. Afinal, não adianta integrar qualquer tecnologia à empresa para tentar enquadrá-la sem qualquer coerência no core business.”
A escolha da ferramenta depende de objetivos específicos dentro de cada organização, segmento de negócios ou departamento. Desse modo, Fernando Moulin lista cinco fatores-chaves a serem levados em conta, de acordo com a experiência profissional do especialista:
De chatbots e assistentes virtuais até algoritmos de aprendizado de máquina e redes neurais implantados em todos os processos core de uma organização, opções de IA não faltam por aí. “Escolher a ferramenta certa para cada necessidade é o que vai ditar o sucesso do negócio. Além disso, quando usada de maneira responsável e estratégica, privilegiando a ética e a segurança, a tecnologia é capaz de transformar profundamente a forma como as empresas operam e tomam decisões, aumentando a eficiência, melhorando resultados, reduzindo custos e contribuindo para a inovação”, explica Fernando Moulin.
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