As Chiefs Executives Officers (CEOs) têm uma excelente gestão, de acordo com 50% dos participantes de uma pesquisa realizada pela FIA Business School, noticiada pela Forbes, com dados de 2023.
A pesquisa analisou respostas de mais de 150 mil funcionários de 150 grandes empresas do país, premiadas com o selo Lugares Incríveis para Trabalhar 2023 e identificou diferenças na opinião dos participantes sobre outros aspectos da liderança feminina.
Enquanto 72% dos funcionários afirmaram confiar totalmente nos CEOs, 79% disseram o mesmo sobre as líderes mulheres. Do mesmo modo, as mulheres são conhecidas por 84% de seus subordinados e o índice cai em relação aos homens, com um registro de 79%.
Para Cristina Boner, empresária e profissional da área de tecnologia, os dados que revelam que as mulheres são bem avaliadas pelas suas equipes destacam a competência, capacidade de liderança e o diferencial que a diversidade pode trazer para o ambiente organizacional.
No entanto, a empresária ressalta que em muitas áreas, as mulheres ainda enfrentam barreiras significativas, como a falta de acesso às mesmas oportunidades de crescimento que os homens. “Muitos fatores podem influenciar o progresso delas em alcançar cargos mais altos e, em muitos casos, o ‘teto de vidro’ ainda permanece”.
Boner se refere a estruturas sociais resistentes, como a necessidade de conciliar carreira com responsabilidades familiares, um desafio ainda exacerbadamente imposto mais às mulheres do que aos homens.
Espaço para liderança feminina
A pesquisa Woman in Technology apontou que na América Latina menos de 30% dos cargos de liderança na área de tecnologia são ocupados por mulheres. Em relação à participação feminina na alta liderança, o estudo da FIA Business School revelou que os números caíram cinco pontos percentuais, se comparados a 2022. A proporção de mulheres na diretoria e no C-Level das companhias foi de 28%, em 2023.
O mesmo levantamento, realizado com as empresas com o selo “Lugares Incríveis para Trabalhar 2023”, mostrou que, apesar das mulheres corresponderem a 43% do quadro de funcionários e serem melhor avaliadas, estão sub representadas em cargos de liderança no Brasil. Em 2023, elas ocuparam 38% destes cargos, mesmo índice do ano anterior.
“Apesar de um progresso, ainda existe um longo caminho a ser percorrido em termos de representatividade plena e oportunidades iguais”, pontua a empresária. Boner acredita que os números refletem um avanço importante na luta pela equidade de gênero no mercado de trabalho, mas reforça que é fundamental olhar para os dados em um contexto mais amplo.
“É crucial apontar a necessidade de fomentar políticas corporativas que incentivem a equidade de gênero de forma mais ampla, para além da ocupação de cargos de liderança, para garantir que as mulheres tenham acesso a mentorias, programas de desenvolvimento e um ambiente de trabalho inclusivo que promova a diversidade”, ressalta.
A especialista destaca que as iniciativas podem trazer impactos positivos não só para as mulheres, mas para a empresa como um todo, aumentando a produtividade e a satisfação geral dos colaboradores.
Das empresas avaliadas pela FIA Business School, 51% têm ao menos um programa voltado para o desenvolvimento profissional de mulheres, e 40% monitoram diferenças salariais entre homens e mulheres e equiparam as remunerações.
Para mais informações, basta acessar: Cristina Boner (@cristina.boner) • Instagram e Cristina Boner | LinkedIn
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