Procedimentos estéticos podem beneficiar saúde mental

Os procedimentos cirúrgicos e não-cirúrgicos estão em alta em todo o mundo, e de forma particular no Brasil. Somente no ano passado, foram 3,3 milhões de tratamentos realizados, segundo a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps). Em todo o mundo, aponta a organização, foram ao todo 34,9 milhões de procedimentos feitos em 2023.

Dentre os não-cirúrgicos, a aplicação de toxina botulínica foi o tratamento mais buscado. Nada menos que 8,8 milhões de procedimentos foram realizados em todo o mundo, também no ano passado. A biomédica Karine Maia, especializada em estética integrativa, reconhece que a procura elevada por mudanças estéticas é um reflexo da autovalorização, mas alerta que isso precisa ir para além do procedimento.

“As pessoas hoje dão uma atenção maior à estética porque elas querem corrigir ou realçar determinados detalhes que incomodam ou que poderiam ser ostentados numa proporção maior. É interessante e saudável pensar em mudanças que façam alguém se sentir bem, mas essa mudança precisa ser mais profunda. Não dá para ser apenas no físico”, afirma.

Karine Maia explica que os melhores procedimentos são aqueles que garantem uma transformação também na autoestima do paciente, melhorando seu nível de autoconfiança e suas relações pessoais e profissionais. Por isso, ela recomenda um bom diálogo com o profissional que for realizar um procedimento estético cirúrgico ou não-cirúrgico. Este primeiro passo pode ser essencial para certificar-se de que é o tratamento adequado a ser feito.

“Muitos pacientes, sobretudo as mulheres, tendem a identificar pequenos defeitos que são visíveis somente para eles. Então muitas vezes encontram nos tratamentos estéticos uma solução para minimizar o problema. Não que não seja pertinente realizá-lo, mas é necessário, primeiramente, dar uma real dimensão aos incômodos que o indivíduo identifica”, pondera. “Não se trata de desestimular o procedimento, mas de compreender se realmente aquilo irá trazer uma solução”, afirma Karine Maia.

Pressão pessoal

A biomédica revela que há casos de pacientes que procuram por sua clínica para realizar procedimentos motivados mais pela “moda” do que propriamente por um desejo pessoal. “A moda cria uma pressão que nem sempre vai ao encontro da dor ou do desejo pessoal. Existem relações de consumo, mesmo no setor de estética, que ditam produtos que as pessoas devem consumir. Isso não deveria ser assim. A autoestima é que deve ser o combustível de qualquer procedimento”, pontua.

“Os influencers tornaram-se referências de beleza, de cuidado pessoal, de estilo de vida. Uma pessoa com milhões de seguidores que resolve fazer um preenchimento labial, por exemplo, é suficiente para empurrar muita gente para dentro das clínicas. Não há problema nisso, desde que o preenchimento seja realmente um sonho adequado àquilo que o paciente projeta. Mas nem sempre é isso o que acontece”, observa Karine Maia.

 

DINO

Artigos recentes

Cruzeiro é vice-campeão sul-americano

Argentinos abriram 2 a 0 de vantagem nos 20 minutos iniciais da final

% dias atrás

Em que você está conectado?, por Pastor Iran Mello Filho

Na coluna desta semana, o pastor nos convida a refletir sobre onde estamos conectados e…

% dias atrás

Segundo dia da ‘MünchenFest’ terá Luan Pereira e mais três atrações musicais. Confira

A abertura dos portões do Centro de Eventos acontece às 19h. Programação deste sábado (23)…

% dias atrás

Criança de 3 anos que morava em Imbituva morre após se afogar no litoral do Estado

Os pais rapidamente socorreram o menino, que teve de ser encaminhado às pressas para uma…

% dias atrás

Camionete colide em barranco e motorista fica ferido na PR-151

Acidente que aconteceu na noite desta sexta-feira (22), no trecho entre Castro e Piraí do…

% dias atrás

Papai Noel chegará de helicóptero em Ponta Grossa na tarde deste sábado (23)

Chegada do 'Bom Velhinho' faz parte da programação especial do Natal Encantado da ACIPG, que…

% dias atrás

Esse site utiliza cookies.

Política de Privacidade