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A falta de participação popular e suas consequências, por Roberto Ferensovicz

Na última semana de março tivemos a votação do projeto que tratava da concessão do transporte coletivo, um tema que rendeu muitos comentários nos locais de trabalho, nas conversas de amigos e em especial na Redes Sociais, e muitas pessoas indignadas com o resultado da votação, não vamos aqui entrar no mérito, vamos nos ater aos encaminhamentos até a aprovação da lei.


Antes da votação tivemos as chamadas audiências públicas convocadas pela Câmara de Vereadores, participei de duas delas, na primeira tinha pouca gente, na segunda menos ainda, me espantou um assunto tão importante para boa parte da população de Ponta Grossa ter um número tão reduzido de pessoas. Onde estavam os líderes comunitários? Os presidentes de Associações de Moradores? O movimento estudantil?


Enfim, o cidadão que usa o transporte público diariamente e sofre ou reclama da lotação dos ônibus, do preço da passagem e tudo mais, cadê?


Já no dia 1 de abril (e não é mentira) ocorreu a “Conferência Municipal de Saúde” , tão ou mais importante quanto o transporte é a Saúde Pública. Acredito eu que seja a campeã de reclamação entre os pontagrossensses, embora sendo um sábado estive o dia todo acompanhando a Conferência, estive enquanto representante dos trabalhadores e também como usuário do SUS, e mais uma vez fiquei espantando com a pouca participação da população, tínhamos lá representantes dos gestores do Município e Estado, representantes dos trabalhadores e também dos usuários, desse último grupo a participação foi reduzida, que me lembre, salvo engano, estavam presentes representantes da Associação de Moradores do Sete Salto de Baixo (Itaiacoca) e do núcleo Santa Maria.


Pergunto: porque um assunto tão importante, relevante, não há interesse da nossa comunidade, no caso da Conferência de Saúde, exceto o co-vereador do PSOL, Guilherme Mazer, nenhum outro marcou presença.


Cobrar a prefeita, a Secretária de Saúde, os vereadores é importante, é um direito do cidadão, mas a participação efetiva é fundamental para termos um serviço público de melhor qualidade. As Redes Sociais são importantes para demonstrar a sua insatisfação, para fazer denúncias, mas quando chamados, os cidadãos também tem a obrigação de participação das discussões que envolvem a nossa sociedade.


Muito em breve estaremos debatendo sobre a falta de médicos nas Unidades de Saúde e em outros serviços públicos, e esperamos que aqueles que precisam, aqueles que reclamam estejam presentes para dar a sua contribuição.


Por menos Redes Sociais e por mais participação nos debates presenciais!

Leia também: CPI da Companhia Pontagrossense de Serviços (CPS) aponta prejuízos de mais de 55 milhões de reais aos cofres públicos

Roberto Ferensovicz

Servidor público municipal há 28 anos. Vice-presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Ponta Grossa (SindServ-PG)

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