A Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (ACIPG) completa, neste sábado (18) 100 anos de história. A entidade chega ao seu centenário de existência com uma rica história de fortalecimento do setor produtivo e uma intensa ligação com o desenvolvimento de Ponta Grossa.
A trajetória da ACIPG por muitas vezes se confunde com a história de Ponta Grossa, e muitas das principais conquistas do município tiveram como protagonista a Associação Comercial. Ao longo de sua história, a ACIPG acumula conquistas, batalhas importantes e um envolvimento intenso com o desenvolvimento de Ponta Grossa.
“Trata-se de um momento histórico, em que a principal entidade comemora 100 anos e a cidade de Ponta Grossa está prestes a celebrar o bicentenário. Nosso município está em um momento de intensas transformações, com a chegada de investidores, se consolidando como centro industrial, comercial e de vários outros setores. A ACIPG ao longo de todos estes anos esteve presente e tem papel importantíssimo nestas transformações”, comenta a presidente da ACIPG, Giorgia Bin Bochenek.
Os primeiros anos
A Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa – ACIPG – foi fundada em 18 de junho de 1922. Em pouco tempo o grupo idealizador da entidade recebia o apoio e a colaboração de outros empresários. Não demorou para a Associação crescer e modificar positiva e continuamente o dia a dia da cidade.
Logo em seus primeiros anos a ACIPG teve participação importante no desenvolvimento de Ponta Grossa. Entre as bandeiras defendidas pela entidade estiveram a implantação da Companhia Prada de Eletricidade, que aumentou o fornecimento de energia da cidade, possibilitando que mais empresas pudessem se instalar no município e a criação da Companhia Pontagrossense de Telefones (a CPT), que colocou Ponta Grossa em contato com o mundo.
A ACIPG, ao longo dos seus 100 anos, não se furtou em defender bandeiras que em prol do desenvolvimento de Ponta Grossa, mas da região. Uma das primeiras ‘brigas’ que a Associação comprou foi a construção de uma rodovia que ligasse Ponta Grossa a Guarapuava. Logo no primeiro ano de existência, em 1923, a ACIPG pleiteou junto às autoridades para que o trajeto fosse instaurado, ligando o interior do estado e fortalecendo a economia de municípios como Ponta Grossa, Guarapuava, Imbituva, Ipiranga e Prudentópolis. Décadas mais tarde, esta região viria a se confirmar com um dos grandes polos econômicos do Estado.
Luta por melhorias na cidade
A atuação da ACIPG perante a sociedade ponta-grossense não se dá apenas nos temas que limitam o desenvolvimento comercial e industrial. A Associação Comercial durante décadas atuou firmemente em prol de benefícios para a comunidade em temas diferentes, como a segurança, por exemplo.
A instalação do primeiro efetivo do Corpo de Bombeiros em Ponta Grossa, por exemplo, foi outra bandeira defendida pela ACIPG, na década de 1930, quando os municípios do interior sequer esboçavam qualquer tentativa de contar com tal estrutura. Mediante muita atuação política e influência perante a sociedade, em 1939 Ponta Grossa passava a contar com um Grupamento do Corpo de Bombeiros.
A rica história da ACIPG ainda inclui ricas contribuições, como a doação de aviões, adquiridos pela Associação Comercial, cedidos à aviação civil nacional durante a Segunda Guerra Mundial, ou ainda a briga contra cobrança abusiva de impostos, uma eterna reclamação do setor produtivo foi defendida pela ACIPG por longo de todos os seus anos de existência.
[RELACIONADAS]A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), uma das maiores instituições de ensino do Paraná, tem em sua criação, grande contribuição da ACIPG, já que a Associação foi a maior defensora da campanha que a cidade criou pela criação de uma universidade própria no município. Hoje a existência de uma instituição de ensino superior que fornece profissionais altamente qualificados é justamente um dos grandes predicados do nosso município.
Em defesa da modernização de Ponta Grossa
O fortalecimento da malha rodoviária na década de 1960, quando todo o país se transformava para ter uma infraestrutura pujante que suportasse a logística de todo o país, também foi defendida fortemente pela ACIPG, que batalhou para que Ponta Grossa estivesse ligada aos grandes centros do País. Ponta Grossa, nos dias de hoje, é justamente um dos maiores entroncamentos rodoferroviários, condição que coloca o município como um dos maiores atrativos de investimentos nacionais e internacionais para grandes companhias industriais e comerciais.
As campanhas de fortalecimento do comércio sempre foram um propósito da ACIPG, e a entidade foi uma das primeiras a adotar este conceito, ainda na década de 1960, quando tais termos ainda eram um tanto abstratos, ao ser uma das primeiras cidades do Brasil ao adotar uma intensa campanha de Dia dos Pais, incentivando o consumo local para a data festiva.
A ACIPG, por sua essência, está ligada ao associativismo, sendo a associação comercial mais antiga do sistema associativista do Paraná, além de ter sido uma das entidades fundamentais no processo de criação da Federação Paranaense das Associações Comerciais e Industriais do Paraná (FACIAP).
A ACIPG também foi pioneira em pensar o turismo para a cidade. A entidade, ainda na década de 1960 já pensava em iniciativas que valorizassem os atrativos turísticos do município. A criação de um aeroporto local, inclusive, outra constante briga do município, foi uma bandeira defendida pela ACIPG, que iniciou uma campanha pela construção de um espaço para receber as aeronaves, entendendo como um ponto central para o desenvolvimento do município.
A ACIPG sempre teve em seu DNA a necessidade da constante modernização do município, e ao longo das décadas de atuação foi incisiva em encampar campanhas que defendessem o desenvolvimento da cidade. Foi assim, por exemplo, a atuação pela criação de uma nova rodoviária, bem como o processo de industrialização que culminou na idealização do Distrito Industrial Cyro Martins. Tal fortalecimento e estruturação foi responsável pelo ‘boom’ industrial que Ponta Grossa presenciou na década de 1970, se tornando um polo do processamento de oleaginosas, com a presença de grandes companhias nacionais, o que rendeu ao município o título de ‘Capital Mundial da Soja’.
Ao longo da década de 1980 a ACIPG atuou de maneira firme para intensificar o processo de industrialização de Ponta Grossa, que culminou na vinda de novas companhias nacionais e internacionais para o município, e com a chegada de novos investimentos, se via necessárias melhorias na infraestrutura e condições do município, como aprimoramento do sistema de transporte e condições do sistema de saúde, por exemplo. Em todos estes aspectos, a ACIPG foi atuante junto à classe política e exigindo melhorias e atualizações.
Sem deixar de lado o olhar para os diferentes setores da economia, a ACIPG foi determinante ao incentivar a criação da Münchenfest, a Festa Nacional do Chopp Escuro, que colocou a cidade na rota das grandes festas do Sul do Brasil e despertou o turismo na região.
O transporte público foi uma das principais preocupações da ACIPG nas últimas décadas, e a entidade foi a responsável pela criação do Conselho Municipal de Transporte, órgão que até hoje tem papel decisivo nas discussões a respeito dos valores da tarifa do transporte público.
Os anos 2000: de olho no futuro
A ACIPG chega ao novo século da mesma forma que moldou sua formação: de olho no futuro e buscando constantemente melhorias para Ponta Grossa. A instituição defendeu bandeiras como a instalação do curso de Medicina na UEPG, a implementação do Parque Tecnológico, sem esquecer temas fundamentais para o desenvolvimento do setor produtivo, com a criação do projeto Empreender, além da defesa por constantes melhorias no Distrito Industrial e no Aeroporto Sant’Ana.
O protagonismo como entidade representante dos interesses da sociedade se fortaleceu nos últimos anos, quando a ACIPG encampou campanhas como defesa do ‘Movimento Ficha Limpa’, combate à corrupção e defesa pelo voto em representantes locais.
Nova sede: a Casa do Empresário
Foi, nos últimos anos, que começou a se tornar realidade aquela que é uma das maiores conquistas do empresariado local: a nova sede da ACIPG. Na última década a Associação Comercial colocou em prática o plano de execução para construir uma ampla e moderna sede.
A nova sede da ACIPG é um projeto audacioso, planejado para marcar os 100 anos da Associação. Construída em um terreno adquirido pela própria ACIPG há mais de duas décadas, a obra foi custeada com recursos próprios da entidade.
Projetada para ser a “Casa do Empresário”, a nova sede será uma das maiores do país, moderna e sendo entregue no marco centenário da entidade. Uma estrutura sem precedentes na história do associativismo na região, proporcionando toda a estrutura que o mundo dos negócios dos Campos Gerais necessita. Auditórios, espaços inovadores, um heliponto e uma estrutura completa abrigada em mais de 9 mil metros quadrados.
Primeira mulher eleita presidente da ACIPG, Giorgia Bin Bochenek se sente honrada em estar à frente da entidade no momento histórico para a ACIPG, e é enfática ao destacar o planejamento para o futuro.
“As gestões que nos precederam foram muito importantes e podemos avançar ainda mais. Temos muito trabalho e desafios pela frente, mas não faltará dedicação. Para isso é preciso planejamento, afinal, como afirma Druker, ‘o melhor jeito de prever o futuro é planejando-o'”, afirma.
Conquistas recentes com a marca ACIPG de qualidade
A ACIPG chega aos 100 anos com conquistas que consagram um centenário de defesa do empresário, constante luta pelo associativismo e marcas importantes. Nos últimos anos, por exemplo, a ACIPG teve o reconhecimento deste trabalho e dedicação com a premiação ouro da Federação das Associações Comerciais e Industriais do Paraná. Em seis anos as auditorias do Programa de Certificação da Gestão FACIAP apontam que a ACIPG cumpriu 97% das 150 ações estabelecidas pela FACIAP.
Outra conquista recente da ACIPG foi a criação do Comitê Estratégico Empresarial, formado por representantes de diferentes setores da sociedade e que discutiu temas de interesse do município. Uma das ações deste Comitê foi durante as eleições municipais, onde os candidatos ouviram do setor produtivo as principais queixas e propostas, propondo um diálogo franco e propositivo, em prol do desenvolvimento da nossa cidade.
A ACIPG também criou o Comitê Tributário, um grupo que reuniu especialistas da área contábil, tributária e jurídica, que juntos discutiram o sistema tributário nacional. Destas discussões resultaram ações coletivas que a ACIPG impetrou na Justiça e saiu vitoriosa, recuperando mais de R$ 300 milhões para a região dos Campos Gerais.
Nos últimos anos a ACIPG também contribuiu com o layoff, oferecendo treinamento e capacitação para funcionários de empresas, sem que eles perdessem seus empregos, e após a retomada da economia estas mesmas empresas retomaram os postos de trabalhos, sem gerar maiores prejuízos e preocupações.
No campo das parcerias, a Universidade de Negócios foi uma iniciativa pensando na qualificação profissional, ofertando cursos de pós-graduação em parceria com a Unisecal, aliando educação, conhecimento de mercado de trabalho e atualização sobre os temas de maior relevância do mundo dos negócios.
A ACIPG chega aos 100 anos com muitos motivos para se orgulhar de sua história, e de olho no futuro, sempre pensando no seu associado e trabalhando fortemente em prol do desenvolvimento do município, como sempre foi ao longo da centenária história da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa.
“O papel da ACIPG é trabalhar pelo desenvolvimento local e regional, pela geração de empregos, riqueza e lucros. E a gestão da ACIPG terá quatro pilares fundamentais: governança, incentivo ao associativismo, inovação e comunicação. A ACIPG deve oferecer todo suporte aos associados e empresários dos diferentes segmentos. E ela será decisiva para o futuro que se aproxima, com a retomada da economia e expansão dos negócios. Juntos e somando esforços será possível tornar os planos em realidade, sempre com o propósito de defender os associados e estar ao lado da nossa cidade” finaliza Giorgia Bin Bochenek.
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