Os moradores do Santa Paula que
passarem em frente ao número 710 da rua Gustavo Iansen, vão sentir profunda tristeza.
Não verão à porta do minimercado Petroski, sobrenome do ‘seo’ Miguel. Mas por
certo, irão sorrir internamente, pois não há como esquecer as suas ‘tiradinhas’.
Ele se foi, para a pátria espiritual, na manhã de quinta-feira (10).
Miguel Petroski era um tirador de
sarro, cheio de pegadinhas, um sacrista de primeira. Qualquer deslize em sua
presença, era motivo para uma criativa sequência de zombarias pra cima do cliente que cometeu a asneira.
Mas nunca se viu maldade em
Miguel Petroski. Sabiam que suas brincadeiras eram amistosas.
Antes de se tornar comerciante,
Petroski foi entregador de bebidas. Conheceu a cidade de ponta a ponta. Suas
entregas abrangiam os bares da rua XV de Novembro, frequentados por ‘doutores’,
como os chamados preconceituosamente, à época, de ‘inferninhos’, frequentados,
geralmente por antigos movimentadores de mercadorias, também,
preconceituosamente, chamados de ‘saqueiros’ ou ‘cangueiros’.
Mas tudo era dez para o Petroski.
Era amigo de todos, bom de conversa, dava-se bem com todos os donos de bares e
de salões de baile, (novamente o preconceito) que eram chamados de ‘gafieira’, ‘fura-buxo’,
‘canequinho de sangue’. Não dava a mínima para essas tolices.
Um bom de garfo, comia de tudo, mas
não era capaz de fritar um ovo; do fogão, mantinha distância. Tudo ficava por
conta da dona Lúcia, companheira que sempre lhe satisfez o cardápio preparado por ele.
Mas, como sempre acontece na vida
de todos, de uma forma ou outra. A alegria e felicidade de Petroski, assim como
o demais familiares, foi nublada por uma obra do destino. Um fato inesperado, jamais
imaginado: Marcelo, o filho mais velho, acadêmico de Ciências Contábeis, aos 24
anos, tira a própria vida.
Isso ocorreu no ano de 2006,
conta Daniel, o caçula, jornalista, profissional da Rede Massa de Televisão (na foto com o pai).
Foi um golpe duro para todos, mas, aos poucos a dor foi sendo superada, sem que
o nome de Marcelo não surgisse, trazendo lágrimas a todos, comenta o comunicador.
Aos poucos, Miguel Petroski foi
retomando o seu cotidiano, no minimercado, torcendo para o seu Flamengo e para
o seu Operário.
Tinha sofrido alguns contratempos
com a saúde. Mas a recuperação de seu estado físico não evidenciava que, subitamente,
viesse a falecer, o que ocorreu em sua residência.
Por certo, neste momento, está
com o filho Marcelo, a quem, sem dúvidas, deu o seu abraço paternal.
O que diria o filho jornalista,
Daniel Petroski: “Realmente foi uma benção ter sido seu filho! É ‘minha coisa
mais linda’. Sua história em terra
chegou ao fim! Não vou deixar esse registro em preto e branco porque sua
trajetória foi iluminada. Obrigado por ter me feito uma pessoa melhor! Espero
ser 1% do homem que você foi! A vida não foi fácil, a cada tombo você
levantava, mas ultimamente estava difícil! Que o Marcelo te receba e juntos
cuidem de nós aí de cima! Te amarei pra sempre”!
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