José Jairo Baluta, advogado da família de Guilherme de Quadros Becher, empresário morto a tiros no último dia 20 de novembro, apresentou mais detalhes sobre o ocorrido, com base no relato de familiares à Polícia Civil (PCPR). Segundo Baluta, os fatos divergem das alegações do vereador Neto Fadel e de seus acompanhantes, que acusaram Guilherme de iniciar os disparos.
José detalha como foi o depoimento dos familiares de Guilherme, ocorrido na última quarta-feira (27). “Os familiares levaram algumas provas, a exemplo daquela gravação que pega o som dos disparos, para ser submetida à perícia, e relataram o que, efetivamente, ocorreu”.
Baluta narrou que o vereador e seus amigos estavam próximos ao portão da chácara do pai de Guilherme, “ameaçando adentrar e xingando com palavras de baixo calão”.
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Ainda segundo Baluta, a mãe de Guilherme tentou apaziguar a situação, mas a discussão escalou com a chegada do empresário. “Os xingamentos continuaram e a discussão se acirrou, tendo Guilherme efetuado um disparo ao seu lado direito, voltado para baixo. Nesse momento, segundo a mãe, o vereador começou a atirar contra ele”, relatou.
O advogado acrescentou que Guilherme foi atingido por vários disparos e, mesmo após cambalear em direção à cerca do condomínio, a cerca de 12 metros de distância, o vereador continuava atirando, até mesmo quando a vítima caiu”. O advogado destacou que Guilherme portava uma pistola sem carregador e um revólver, mas que, segundo a família, não fez uso dessas armas para atacar.
Novamente procurada, a defesa do vereador Neto Fadel, representada pelo advogado Ewerton Machado Rosa, ainda não se manifestou oficialmente sobre as acusações. A versão apresentada por Fadel afirma que Guilherme teria sacado as armas e iniciado os disparos contra ele e seus familiares.
A equipe de reportagem entrou em contato com o delegado Luiz Gustavo Timossi, responsável pelas investigações. Ele explica que as hipóteses de legítima defesa, excesso de legítima defesa e homicídio culposa ainda são consideradas e diz que mais uma pessoa será ouvida.
“Mais uma pessoa deve ser ouvida. Na sequência, vamos aguardar os resultados periciais para depois definir a necessidade ou não de outras diligências”, aponta.
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