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Afastamento de vereador após operação do GAECO repercute na Câmara dos Vereadores

O afastamento do vereador Celso Cieslak (PRTB) após operação do GAECO repercutiu na Câmara de Vereadores de Ponta Grossa na sessão desta quarta-feira (07).

O vereador Geraldo Stocco (PV), que fez a denúncia contra Cieslak para o Ministério Público no ano passado, discursou sobre os motivos da decisão. “Final do ano passado estávamos finalizando o relatório da CPI e, em um momento determinado, nós saímos para tomar café e aconteceu a questão que relatei ao GAECO [oferecimento ilícito para retirar pontos da CPI da Saúde]. Foi achado uma rede de esquemas. Eu lamento isso, porém quando chegou esta atitude para mim, não tive outra opção a não ser denunciar”.

Na sequência, Isaías Salustiano (PSB) prestou solidariedade ao vereador e comentou a importância da denúncia. “Nós somos em 19 parlamentares que representamos toda a cidade de Ponta Grossa. Então cabe a nós denunciar os casos irregulares que acontecem, seja para os órgãos competentes, seja em discursos no Plenário, destas práticas imorais”. disse.

O vereador Daniel Milla (PSD), que estava como presidente da sessão em determinado momento de ausência de Felipe Chociai declarou que “A Câmara de Ponta Grossa não compactua com atos irregulares e que auxiliará nas investigações de qualquer caso de irregularidades no Legislativo”.

Por sua vez, a vereadora Josi do Coletivo (PSOL) disse que as fraudes, como a da Saúde, têm ocorrência principalmente em serviços terceirizados da Prefeitura. “Se analisarmos atentamente as denúncias, principalmente de tráfico de influências e de fraudes na saúde, elas se dão em contratos com empresas terceirizadas. Um governo é eleito pelo povo para cuidar do povo, especialmente dos serviços básicos a comunidade”.

 

CPI e questionamentos

Ainda na discussão, diversos vereadores mostraram apoio as investigações e fizeram questionamentos. “A quem interessava tirar pontos do relatório da CPI da Saúde?”, disse Joce Canto (PSC).

“Se caso comprovar a denúncia do relator, temos que procurar quem é que mandou oferecer este dinheiro, para mantermos a transparência desta Casa”, complementou Josi. Isaías também afirmou que “Se precisar de CPI neste caso, nós vamos fazer uma CPI sim, para apurar a denúncia e responsabilizar os culpados”.

Vale lembrar que Celso Cieslak era até então presidente da Corregedoria da Câmara de Vereadores, responsável por investigar ações irregulares dos parlamentes do Legislativo.

Celso Cieslak, vereador afastado | Foto: arquivo

 

Leia também: Além de vereador, Justiça afasta diretor da Prefeitura de PG após operação do GAECO

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