A Alegra é a primeira empresa brasileira do ramo de
alimentos a obter a Declaração Ambiental de Produto (ou EPD, do inglês,
Environmental Product Declaration), oferecida pela EPD Brasil, parceira do
programa internacional EPD System. A certificação é válida para dois produtos
in natura, a sobrepaleta e o carré, e para outros quatro industrializados: salame,
bacon em fatias, linguiça frescal para churrasco e presunto defumado.
“Nosso objetivo com os registros dessas EPDs é
oferecer informações transparentes, verificadas e confiáveis para nossos
parceiros e clientes sobre os impactos ambientais dos nossos produtos a partir
de uma metodologia reconhecida internacionalmente. Além disso, os números nos
ajudarão a pensar em novas estratégias sustentáveis em todas as nossas etapas
de produção. Esse é um trabalho que reforça a preocupação da Alegra com o meio
ambiente”, explica Matthias Rainer Tigges, superintendente da Alegra.
O executivo também ressalta que a
busca pelas EPDs é uma das etapas para potencializar os indicadores ESG (boas
práticas ambientais, sociais e de governança), que se tornaram importantes para
a exportação de alimentos para os principais mercados europeus e apresentam uma
tendência de expansão em todo o mundo. Atualmente, a empresa exporta milhares
de toneladas de alimentos mensalmente para mais de 32 países. Em 2020, a
empresa faturou mais de R$1 bilhão.
“Esse é um diferencial da marca
Alegra para a comunicação das ações e melhorias dos nossos processos produtivos
para os próximos anos. Ter uma EPD representa um divisor de águas entre os
frigoríficos e reforça o nosso compromisso com a sustentabilidade para os
clientes institucionais e no mercado externo”, explica Cracios Consul, gerente de
marketing da Alegra.
O EPD consiste em uma Rotulagem Ambiental Tipo III, um
relatório de avaliação com informações quantitativas sobre os potenciais impactos
ambientais de todas as fases do ciclo de vida da cadeia produtiva que vão da
produção de matéria-prima até o descarte final dos materiais.
O programa sueco EPD System já certificou mais de 2.400 EPDs
em 45 países. Já o EPD Brasil é coordenado pela Fundação Vanzolini, vinculada à
Universidade de São Paulo (USP) e que realiza certificações desde 2017. No
Brasil, conforme dados da Fundação Vanzolini, existem 20 EPDs, todas da
construção civil, de produtos como cimentos, isolamentos térmicos/acústicos, um
de elevador. Segundo Felipe Queiroz Coelho, responsável pelo programa EPD
Brasil, o primeiro passo para resolver o problema do impacto ambiental de
determinado produto é ter conhecimento sobre a questão e identificar quais
pontos podem ser melhorados.
“Vemos um movimento de pessoas
que visam um melhor estilo de vida, com o consumo de produtos mais
sustentáveis. Portanto, acredito num potencial crescimento de empresas do setor
de alimentos seguindo o mesmo caminho da Alegra. Na Europa, isso já é
realidade”, reforça Queiroz.
A Declaração Ambiental de Produto
Para que a Alegra obtivesse a certificação foi necessário um
trabalho de avaliação de ciclo de vida que contou com a participação da
Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR),
em um projeto coordenado pelo professor Cassiano Moro Piekarski. “Envolvemos
muitas pessoas em todo o processo para que pudéssemos coletar e compilar os
dados. A aproximação da universidade com o setor produtivo gera novas
oportunidades, engajamento, maturidade de relacionamento e fomenta novas ações
de inovação”, afirma o professor.
A equipe do projeto do Laboratório de Estudos em Sistemas
Produtivos Sustentáveis (LESP) da
UTFPR, que atuou como executora da avaliação de ciclo de vida (ACV) para os
processos previstos pela EDP, realizou um levantamento de dados em todas as
fases do ciclo de vida do produto, desde as etapas anteriores à entrada do
suíno na fábrica da empresa, como a criação dos animais, a preparação da ração
e produção de embalagens, até a fase das atividades de abate, preparação e
processamento da carne. Por fim, foram analisados o armazenamento, preparo e o
fim de vida do produto, que engloba até mesmo o descarte da embalagem do
produto final.
Os potenciais impactos ambientais foram analisados em
diferentes categorias: aquecimento
global, acidificação, eutrofização, escassez hídrica, oxidação fotoquímica, depleção
abiótica, além de indicadores de utilização de energia renovável, demanda
cumulativa de energia e fluxo de materiais recicláveis. Os critérios seguem as
regras de categorias de produtos (PCR) do programa EPD System e o processo de
construção baseado nas normas ISO 14025, ISO 14040 e ISO 14044.
A conquista da EPD para os seis produtos também faz parte da
série de ações da Alegra visando a sustentabilidade e o bem-estar animal e que
incluem a conquista do Selo QIMA/WQS de bem-estar animal, a certificação IFS
Food de segurança alimentar e práticas de sustentabilidade que incluem a
reciclagem de resíduos, reuso da água, economia de energia elétrica, uso
racional dos recursos naturais na cadeia produtiva, redução da emissão de gases
e reaproveitamento da água da chuva.
Sobre a Alegra
Criada em 2015, a indústria de alimentos Alegra, localizada
em Castro (PR), é fruto da união das cooperativas de origem holandesa, Frísia,
Castrolanda e Capal, que constituem o grupo Unium. Hoje, a empresa emprega mais
de 1.700 colaboradores diretos e beneficia cerca de 5 mil famílias dos Campos
Gerais. Ao todo 12 linhas compõem o portfólio de produtos além dos cortes
disponíveis para exportação.
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