ALERTA: Consumidores de PG desconfiam de ‘café fake’ em supermercados

O preço do café continua subindo e, junto a esse cenário, um problema preocupante tem chamado a atenção dos consumidores: o aumento da comercialização de produtos que imitam café, mas não são realmente café. O Portal BnT Online foi procurado por seguidores que relataram suspeitas sobre a qualidade dos produtos adquiridos em supermercados de Ponta Grossa. Segundo os relatos, a bebida apresentava características diferentes do habitual, levantando dúvidas sobre sua autenticidade.

Café Fake: O que é e por que preocupa?

O chamado “café fake” não é realmente café. Trata-se de uma bebida que imita o sabor do produto de forma artificial e pode conter misturas de impurezas, como cascas, mucilagem, pau, pedra e palha. Todos esses itens são proibidos para o consumo humano pela legislação brasileira. Esse artifício tem sido utilizado por alguns fabricantes para driblar o aumento de 40% no preço do café, conforme apontado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Geralmente, esses produtos são vendidos a preços muito inferiores aos cafés tradicionais e têm embalagens que podem confundir o consumidor. A Associação Brasileira das Indústrias de Café (Abic) já identificou marcas no mercado que usam rótulos enganosos, com expressões como “bebida sabor café” e “pó para preparo de bebida à base de café”.

Casos recentes e alerta das autoridades

Uma das marcas identificadas foi a “Oficial do Brasil”, que se apresenta como “bebida sabor café”, mas não se enquadra como café puro. Outro exemplo é a marca “Melissa”, cujo nome e cores da embalagem lembram uma marca famosa, porém sua composição inclui “aromatizante sintético idêntico ao natural”, o que a exclui da categoria de café torrado e moído.

Imagens dessas embalagens viralizaram nas redes sociais devido aos preços muito abaixo do mercado, chegando a custar R$ 13,99 por 500 gramas, enquanto marcas tradicionais vendem a mesma quantidade por valores duas vezes maiores ou mais.

Em nota, a Abic esclareceu que esses produtos não são considerados café e alertou que a comercialização de itens clandestinos sem registro nos órgãos oficiais representa riscos à saúde do consumidor. Além disso, a legislação sanitária brasileira exige que novos alimentos ou ingredientes passem por aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) antes de serem colocados à venda.

Como identificar um café de qualidade e evitar golpes?

Diante do aumento dos relatos sobre produtos de qualidade duvidosa, especialistas recomendam que os consumidores fiquem atentos a alguns detalhes na hora da compra. Confira as principais dicas para não cair no golpe do café fake:

✔ Busque o selo de pureza e qualidade da Abic: Esse selo garante que o café passou por testes e atende aos padrões de qualidade exigidos.
✔ Verifique a procedência do produto: Desconfie de embalagens com descrições vagas, como “bebida sabor café” ou “pó para preparo de bebida sabor tradicional”.
✔ Fique atento ao preço: Produtos muito baratos podem indicar que a composição não é 100% café.
✔ Leia o rótulo cuidadosamente: Cafés de qualidade sempre são descritos como “café torrado e moído”.
✔ Pesquise a reputação da marca: Antes de comprar, consulte avaliações e comentários de outros consumidores.
✔ Use o QR Code, se disponível: Algumas marcas disponibilizam QR Codes na embalagem para fornecer informações detalhadas sobre a origem e qualidade do produto.

O consumidor que suspeitar da autenticidade do café adquirido pode denunciar a venda de produtos irregulares à Vigilância Sanitária e ao Procon. O Portal BnT Online segue acompanhando o caso e reforça a importância de ficar atento às informações antes de comprar qualquer produto no mercado.

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