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Após longa discussão, Câmara dos Deputados aprova reforma tributária

Por 365 votos a favor, 116 contra e uma abstenção, a Câmara dos Deputados aprovou na noite desta sexta (15), em segundo turno, o texto-base da reforma tributária sobre o consumo. Os parlamentares votaram dois destaques antes de concluir a sessão. O primeiro manteve o texto original, mas o segundo retirou as armas e munições do imposto seletivo, por 293 votos a favor e 193 contrários.

Como a reforma tributária não sofreu alterações de mérito em relação ao texto aprovado pelo Senado, o Congresso promulgará a emenda constitucional da reforma tributária na próxima semana, anunciou mais cedo o deputado José Guimarães (PT-CE), líder do Governo na Câmara. Com o fim da votação, o Congresso conclui mais de 30 anos de discussões, após sucessivas propostas que não prosperaram nas últimas décadas.

Por volta das 17h30, a Câmara tinha aprovado o texto-base da reforma tributária em primeiro turno. Após cerca de três horas de debate, os deputados aprovaram três destaques e rejeitaram sete. Os destaques aprovados mantiveram incentivos ao setor automotivo e a fabricantes de baterias do Norte, Nordeste e Centro-Oeste e reinstituíram a autorização para que o salário de auditores-fiscais estaduais e municipais sejam igualados aos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Os destaques rejeitados impediram alterações em relação ao texto do relator. Os parlamentares não reincluíram os regimes específicos para os setores de saneamento e concessão de rodovias. Mais cedo, os deputados mantiveram, por 326 votos a 161, o imposto seletivo sobre os armamentos e as munições, exceto se comprados pela Administração Pública, mas a questão acabou revertida posteriormente. O imposto seletivo incidirá sobre produtos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.

Relator

O relator, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), retirou vários pontos incluídos pelo Senado no início de novembro. Caíram a cesta básica estendida, que teria alíquota reduzida em 60%, e regimes especiais para o saneamento e o transporte aéreo. Em contrapartida, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), manteve o benefício a profissionais liberais, que pagarão alíquota 30% menor.

A retirada de exceções tem como objetivo reduzir a alíquota padrão do futuro Imposto sobre Valor Adicionado (IVA). Quando a reforma foi aprovada pela primeira vez na Câmara, em julho, o Ministério da Fazenda estimava que o IVA cobrado sobre a maioria dos produtos ficaria entre 24,45% e 27%.

Com as exceções incluídas pelo Senado, a alíquota subiria para 27,5%. Isso faria o Brasil ter a maior alíquota entre os países que adotam o imposto tipo IVA. Atualmente, o país com o IVA mais alto é a Hungria, com 27% de imposto.

Sessão híbrida

A segunda votação da reforma tributária na Câmara começou pouco antes das 15h e está sendo realizada em caráter híbrido, com alguns parlamentares no plenário e outros votando pela internet. A oposição tentou obstruir a votação ao longo do dia, mas o presidente da Casa, Arthur Lira, manteve a votação dos dois turnos da PEC nesta sexta-feira.

Como a Câmara apenas retirou e reinstituiu pontos da PEC aprovada pelos senadores, sem mudar o mérito, a proposta não precisa voltar ao Senado.

Voto dos paranaenses

Veja como cada parlamentar do Paraná votou:

Aliel Machado (PV) – Sim

Beto Richa (PSDB) – Sim

Carol Dartora (PT) – Sim

Delegado Matheus Laiola (União) – Sim

Diego Garcia (Republican) – Sim

Dilceu Sperafico (PP) – Não

Felipe Francischini (União) – Sim

Filipe Barros (PL) – Não

Geraldo Mendes (União) – Sim

Gleisi Hoffmann (PT) – Sim

Luciano Alves (PSD) – Sim

Luciano Ducci (PSB) – Sim

Luisa Canziani (PSD) – Sim

Luiz Carlos Hauly (Podemos) – Sim

Luiz Nishimori (PSD) – Sim

Marco Brasil (PP) – Sim

Padovani (União) – Não

Paulo Litro (PSD) – Sim

Reinhold Stephanes (PSD) – Sim

Rodrigo Estacho (PSD) – Sim

Sargento Fahur (PSD) – Não

Sergio Souza (MDB) – Sim

Tadeu Veneri (PT) – Sim

Toninho Wandscheer (PP) – Sim

Welter (PT) – Sim

Zeca Dirceu (PT) – Sim

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Agência Brasil

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