Foto - divulgação
O presidente do Banco Central do Brasil, Gabriel Galípolo, discutiu a atual situação econômica do país durante um seminário na quarta-feira. Ele alertou que a inflação continuará a ser um desafio tanto para famílias quanto para empresas no curto prazo. No entanto, evitou fornecer detalhes sobre futuras decisões relacionadas à taxa de juros, reforçando apenas o compromisso da instituição com a manutenção do ciclo de aperto monetário.
“A análise de dados históricos revela que as taxas de juros reais estão em níveis historicamente elevados. Esse cenário impõe dificuldades tanto para empresas quanto para consumidores, especialmente em um contexto onde a inflação se mantém acima da meta estabelecida. Esperamos que os efeitos da política monetária se manifestem gradualmente”, afirmou Galípolo.
Diante desse panorama, o presidente do Banco Central destacou a necessidade de uma avaliação criteriosa dos sinais de desaceleração econômica apontados pelos mais recentes indicadores de atividade, como os dados do mercado de trabalho e do desempenho dos setores produtivos. Nesta semana, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que o setor de serviços registrou uma retração de 0,5% em dezembro, consolidando o segundo mês consecutivo de queda.
Galípolo fez essas declarações durante um seminário sobre política monetária brasileira promovido pela Casa das Garças, instituto de estudos econômicos dirigido por Edmar Bacha. Durante sua apresentação, ele ressaltou que, embora o Banco Central possa ser agressivo na elevação da taxa de juros, é preciso agir com prudência ao considerar uma redução da Selic.
“Os agentes econômicos naturalmente acompanham os indicadores de atividade, mas é importante lembrar que esses números podem ser voláteis e nem sempre refletem tendências sustentadas. Por isso, o Banco Central precisa manter uma abordagem cautelosa. O tempo será um fator determinante para verificar a consistência dos dados econômicos”, destacou.
Além disso, Galípolo apontou que houve um impulso fiscal superior ao inicialmente previsto, apesar da manutenção dos gastos públicos no mesmo patamar do ano anterior. Segundo ele, esse efeito decorre, em grande parte, do crédito e das políticas de transferência de renda, que incentivaram o consumo e contribuíram para um aquecimento na demanda, intensificando as pressões inflacionárias.
“Do ponto de vista fiscal, identificamos um impulso maior do que o esperado, especialmente devido ao caráter distributivo das políticas sociais. Isso gerou uma resiliência da demanda que acabou pressionando a inflação, além de fatores como os impactos climáticos e a desvalorização cambial”, acrescentou.
Após o evento, o ex-presidente do Banco Central, Arminio Fraga, manifestou preocupação com a situação econômica atual, enfatizando a necessidade de coordenação entre as políticas monetária e fiscal. Ele destacou que “o Banco Central precisa de suporte, e esse apoio deve vir da área fiscal”, referindo-se à persistência da inflação e ao crescimento acelerado da dívida pública, que já equivale a aproximadamente 75% do Produto Interno Bruto (PIB).
Fraga também fez uma avaliação crítica do cenário econômico: “A situação não é favorável, mas as medidas adotadas estão surtindo efeito”. Ele alertou que os desafios serão árduos e aconselhou Galípolo a dialogar com as autoridades para garantir uma visão mais realista sobre a economia brasileira.
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