Calor extremo: zoológico inova com picolés para animais

Na terça-feira (05), o estado do Rio Grande do Sul destacou-se ao registrar as mais altas temperaturas do Brasil, conforme dados meteorológicos. A cidade de Quaraí, que faz divisa com o Uruguai, alcançou a marca impressionante de 43,8°C, estabelecendo um novo recorde histórico em 115 anos.

Em resposta a essa intensa onda de calor, o Gramadozoo adotou medidas inovadoras para assegurar o bem-estar dos animais sob sua custódia. A equipe técnica do zoológico preparou picolés nutritivos feitos com frutas e vegetais, incluindo banana, mamão, melão, tomate, pepino, cenoura, beterraba e couve, além de carne, para deliciar capivaras, macacos-prego e jaguatiricas.

A bióloga Tathiana Barros, responsável técnica do Gramadozoo, explicou que essa iniciativa não apenas ajuda a refrescar os animais durante o calor extremo, mas também proporciona enriquecimento ambiental e entretenimento. “Nós congelamos os alimentos que as espécies consomem regularmente. O objetivo é refrescar os animais e amenizar o calor, além de mantê-los livres do estresse. Quanto mais tempo eles passam consumindo esses petiscos congelados, melhor é o resultado da atividade”, destacou Tathiana. Importante ressaltar que os picolés são feitos sem conservantes ou açúcares.

Além disso, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta ampliado nesta quarta-feira (5/2), destacando um “grande perigo de calor intenso” para várias regiões do estado. O nível de severidade foi classificado como vermelho – a mais alta na escala de risco – e deverá permanecer até segunda-feira (10/2).

Com a previsão de que a onda de calor persista nos próximos dias, o Gramadozoo planeja expandir a oferta de picolés para outras espécies. Animais como onças, lobos-guará, iraras e diversas aves – incluindo araras e tucanos – também devem receber os refrescantes durante este fim de semana.

Para além dos picolés, o zoológico dispõe de outros recursos para mitigar o calor excessivo. Dispersores de água são acionados com maior frequência nos recintos mais quentes e os espaços contam com lagos que garantem água em abundância para os animais.

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