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Casos: Relembre a Chacina de Carambeí que completa 35 anos sem solução

A Chacina de Carambeí, um dos crimes mais brutais dos Campos Gerais, completa 35 anos sem respostas. No dia 7 de fevereiro de 1989, durante o feriado de Carnaval, três pessoas da mesma família foram assassinadas e outras quatro ficaram gravemente feridas em uma propriedade rural na região que, na época, era distrito de Castro. O caso ocorreu no Sítio Sete Quedas e chocou a comunidade pela violência e pelo mistério em torno da autoria.

As vítimas fatais foram Mariana Guilhermina Maria Los Boer, 52 anos, seu filho Dirk Boer, 24, e o neto Thiago André Boer, de um ano e três meses. Sobreviveram aos ataques Mirian Delfrasio Boer, a esposa de Dirk, o pai da família, Adrianus Boer e os filhos do casal, Tony e Leonardo, de 8 e 6 anos respectivamente.

O crime foi inicialmente tratado como latrocínio, já que objetos da residência foram levados. Já o carro da família foi encontrado incendiado no município de Teixeira Soares no dia seguinte ao caso. As vítimas só foram socorridas aproximadamente 12 horas após o ataque e foram encaminhadas ao Hospital Bom Jesus, em Ponta Grossa.

INVESTIGAÇÃO

O principal suspeito, Luiz Carlos Choma, na época com 17 anos, chegou a confessar o crime, mas depois alegou ter sido torturado para assumir a culpa. Duas outras suspeitas foram apresentadas: Mauri Alves dos Santos, morto em confronto com a polícia posteriormente, e Flávio Antônio Araújo, conhecido como ‘Negão’, que encontra-se foragido até os dias atuais. Com uma confissão questionada e sem provas concretas, Choma foi libertado da prisão.

Mirian Boer, uma das sobreviventes, inicialmente identificou Choma, mas posteriormente voltou em seu depoimento. Com isso, ela chegou a ser presa por suspeita de obstruir a investigação, mas foi liberada após quatro dias.

REPERCUSSÃO

O crime teve grande destaque na imprensa da época, mobilizando uma força-tarefa anunciada pelo então governador do Paraná, Álvaro Dias. Mesmo assim, o caso permanece sem solução. A chacina é lembrada até hoje como um dos episódios mais marcantes da região e segue envolta em mistério, sem que a Justiça tenha conseguido identificar os responsáveis.

Acompanhe os detalhes:

Leia também: ‘Viúva Negra’ é presa em Ponta Grossa após 21 anos foragida.

Camila Souza

Ponta-grossense, jornalista formada pela Universidade Estadual de Ponta Grossa. Trabalhou em jornal impresso e atua como repórter no Portal BnT.

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