Censo Escolar 2024: queda nas matrículas na Educação Básica e crescimento nas escolas particulares

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou nesta quarta-feira, 9 de abril, os dados do Censo Escolar 2024, revelando que o Brasil conta com um total de 47.088.922 estudantes matriculados na educação básica, distribuídos em aproximadamente 179,3 mil escolas.

Comparado ao Censo de 2023, houve uma diminuição de 216 mil alunos nas matrículas. Este declínio é notório principalmente na rede pública, que registrou uma perda superior a 380 mil matrículas. Em contrapartida, as instituições particulares apresentaram um crescimento de 1%, o que representa 94,5 mil novos estudantes.

A pesquisa realizada anualmente pelo Inep fornece uma visão abrangente do panorama educacional brasileiro, incluindo dados sobre a quantidade de alunos, escolas e professores, além de informações sobre recursos tecnológicos disponíveis nas instituições.

Esses levantamentos são fundamentais para a formulação de políticas públicas e para atender às necessidades educacionais do país. De acordo com os dados do Censo Escolar 2024, quase metade dos estudantes, ou seja, 49,1%, estava matriculada em escolas da rede municipal. As escolas privadas representam 20,2%, o que indica que um em cada cinco alunos está na rede particular.

A coletiva de imprensa que apresentou os resultados contou com a participação do ministro da Educação, Camilo Santana. Durante o evento, foram discutidos os detalhes do Censo e suas implicações para a educação no Brasil.

Além disso, é importante ressaltar que nos últimos dez anos, entre 2014 e 2024, houve uma redução de mais de 2,6 milhões de matrículas na educação básica. A rede pública caiu de 40,6 milhões para 37,5 milhões, enquanto as escolas particulares tiveram um leve aumento de 9,09 milhões para 9,51 milhões.

A distribuição das matrículas por tipo de administração escolar (federal, estadual, municipal e privada) também foi apresentada. O governo federal investiu R$ 4,06 bilhões, resultando em um aumento do percentual de matrículas em tempo integral na rede pública de 18,2% (em 2022) para 22,9% (em 2024).

No campo da Educação Profissional e Tecnológica (EPT), houve um aumento significativo no número de registros acadêmicos com a inclusão de 229 mil novos alunos, em comparação ao ano anterior.

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