Teu rosto tem uma larga cicatriz. Ela salta aos olhos e meus olhos saltam, dão pinotes para ver a tua face, tua cicatriz. A primeira vez causou estranhamento, aquele corte, sulco profundo a se mostrar qual terreno erodido, terra partida, solo cortado qual ferida. A cicatriz no queixo corta tua voz, embaça tua fala, que se esforça para sair e não sai. A imagem desta terra partida que é tua pele me provoca, entristece, curiosamente também atiça, é neste veio onde quero mergulhar, é no grito de tua voz sulcada que quero extravasar as dores que os sulcos na alma geram em mim.
Minha pele marcada pela senda fria da tua ausência, pelo medo da resistência que ofereces ao meu toque. Tua tez séria, o corte que se aprofunda, lateja em minhas tentativas de aproximação. Tudo em vão, a cicatriz aumenta, alarga o vão entre o meu e o teu coração. Uma cratera, fossa abissal, não sabe o mal que me faz, longe, muito longe de tudo que tua ferida adorna e entorna.
Autoria: Renata Regis Florisbelo
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