Teu rosto tem uma larga cicatriz. Ela salta aos olhos e meus olhos saltam, dão pinotes para ver a tua face, tua cicatriz. A primeira vez causou estranhamento, aquele corte, sulco profundo a se mostrar qual terreno erodido, terra partida, solo cortado qual ferida. A cicatriz no queixo corta tua voz, embaça tua fala, que se esforça para sair e não sai. A imagem desta terra partida que é tua pele me provoca, entristece, curiosamente também atiça, é neste veio onde quero mergulhar, é no grito de tua voz sulcada que quero extravasar as dores que os sulcos na alma geram em mim.
Minha pele marcada pela senda fria da tua ausência, pelo medo da resistência que ofereces ao meu toque. Tua tez séria, o corte que se aprofunda, lateja em minhas tentativas de aproximação. Tudo em vão, a cicatriz aumenta, alarga o vão entre o meu e o teu coração. Uma cratera, fossa abissal, não sabe o mal que me faz, longe, muito longe de tudo que tua ferida adorna e entorna.
Autoria: Renata Regis Florisbelo
Leia também: Tanque, por Renata Regis Florisbelo
Empenho dos policiais e os investimentos estaduais fizeram com que a Polícia Civil do Paraná…
Josefina estava internada em um hospital da capital paranaense. Nas redes sociais, o parlamentar lamentou…
Jogos serão contra Chile e Peru. O Brasil não vive um bom momento nas Eliminatórias,…
Mãe e a criança saíram de casa sem dar satisfação ao pai, não tendo mais…
Motorista perdeu a direção do veículo e capotou no km 274 da rodovia. O acidente…
Vítima que morreu na tarde desta sexta-feira (27), na Vila Vilela, será sepultada no Cemitério…
Esse site utiliza cookies.
Política de Privacidade