O Coletivo “As Fiandeiras”, composto por Fernanda Burgath, Indianara Santos e Ligiane Ferreira, deu início, nesta quinta-feira (20), às atividades do Projeto “Círculo de Leitura de Mulheres para Mulheres”, contando com a participação de cerca de 10 mulheres migrantes atendidas pela entidade.
Durante o encontro, elas puderam compartilhar vivências e discutir sobre a importância da literatura como forma de expressão feminina. Ao todo, serão 4 encontros que culminarão com a produção de um livro retratando suas experiências e sentimentos.
Para a idealizadora do projeto, Fernanda, o objetivo é aproximar a literatura de todas as pessoas. “Existem espaços de debate e discussão de literatura na academia e queremos levar para todos os lugares, especialmente à periferia. Como dizia Antonio Candido, ‘a literatura é direito básico do ser humano’, e é isso que desejamos com esta iniciativa”, fala.
Indianara, que também integra o projeto, ressalta a necessidade de espaços para que as mulheres possam conversar e compartilhar vivências. “Nossa cidade é carente de coletivos de mulheres ligadas à arte ou que se aproximem da arte. O projeto tem o intuito de despertá-las para isso”, comenta. Segundo Ligiane, as pessoas, especialmente as mulheres, precisam entender a literatura como forma de se colocar no mundo e de se fazer ouvir. “Queremos trazer a literatura para perto dessas mulheres, dar acesso a livros, a experiências”, fala.
Para as participantes, o encontro colaborou para estreitar laços e compartilhar ideias. “Esse momento nos permitiu escutar e contar histórias de vida. Pudemos perceber que às vezes nossos sofrimentos são pequenos diante do que outras mulheres já viveram. Isso nos dá força e coragem”, comenta Jeanneth Del Valle Reyes Zambrano. Eleadni Del Valle Bermudez concorda, valorizando a importância do compartilhamento. “Foi uma ótima oportunidade para lembrar de coisas do passado e das lembranças. É bom ter um espaço para poder dividir tudo isso com outras mulheres”, diz.
O projeto
O “Círculo de Leitura de Mulheres para Mulheres” será composto por quatro encontros em cada uma das instituições, com exceção da Associação de Apoio Atendimento e Assessoramento ao Surdo e a Escola Bilíngue para Surdos Geny de Jesus Ribas, que terá um encontro único.
O intuito é incentivar a leitura, a escrita e os estudos, além de trabalhar a autoestima feminina e mostrar caminhos práticos de mudança. “Através da literatura, queremos discutir também sobre cidadania e políticas públicas, contribuindo para a entrada no mercado de trabalho, no ensino superior, acesso a auxílios. Também queremos promover a saúde e o bem-estar dessas mulheres nas rodas de conversa”, explica.
O projeto busca ainda resgatar conhecimentos populares que estão sendo esquecidos atualmente. “Queremos resgatar aqueles conhecimentos populares, muitas vezes não valorizados pela sociedade atual, que carregam não só um valor afetivo, mas que simbolizam muito do ser mulher, como receitas, histórias, relatos de casos, uso de plantas medicinais, etc.”, completa.
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