Categorias: Esportes

Clubes se manifestam após zagueiro Léo Pelé ser alvo de racismo no ‘Athletiba’

Imagem: reprodução

O zagueiro Léo, também conhecido como Léo Pelé, do Athletico, foi alvo de racismo após ter sido expulso no jogo contra o Coritiba, válido pelo Campeonato Paranaense. A partida aconteceu neste sábado (25) e terminou em 0 a 0.

Da arquibancada, um torcedor filmou o momento em que o jogador recebeu o cartão vermelho e dirigiu ofensas racistas a ele. “Macaco não se cria no Couto Pereira. Vai embora seu preto, aqui não”, disse o homem no vídeo, que circula pelas redes sociais.

A expulsão de Léo foi após uma disputa de bola com Lucas Ronier. O Athletico Paranaense se manifestou após o ocorrido. Veja a nota:

O Athletico tomou conhecimento do vídeo que circula na internet, no qual torcedores proferem injúrias raciais contra nosso atleta Léo durante o Athletiba deste sábado (25). O Athletico repudia veementemente qualquer ato de racismo, reafirmando que condutas dessa natureza são inaceitáveis e jamais serão toleradas.

O clube informa que está adotando todas as providências cabíveis para que os responsáveis sejam identificados e punidos na forma da lei. A prática de injúria racial é crime, equiparada ao racismo. A Lei Geral do Esporte também prevê punições severas para atos discriminatórios no ambiente esportivo, podendo resultar em sanções administrativas e até no banimento dos envolvidos.

O Athletico segue prestando total apoio ao atleta Léo. O compromisso do Athletico com a luta contra o racismo é inegociável, e o futebol deve ser um espaço de respeito, diversidade e inclusão.

O Coritiba também se pronunciou pelas redes sociais. “O racismo jamais deve fazer parte do futebol. O que aconteceu com o atleta Léo é e sempre será inaceitável. Lamentável que tenha ocorrido em nosso estádio. Tomaremos todas as medidas que estiverem ao nosso alcance para identificar o agressor e continuaremos trabalhando para que isso jamais se repita”.

O atleta veio as redes e comentou sobre o racismo que sofreu. “Vou tomar todas as medidas possíveis contra quem fez isso. Quem grita ofensa racista, comete crime. Mas quem escuta e finge que nada aconteceu também tem culpa. O silêncio alimenta o racismo e isso precisa acabar”, afirmou Léo.

Além dos clubes e do jogador, a Federação Paulista de Futebol, o prefeito Eduardo Pimentel (PSD) e outras entidades também se posicionaram contra o ato do torcedor. O caso está sendo investigado pelas autoridades.