O tempo passa, a vida se sucede em momentos que se esparramam… Sobre ele também se deixou escorrer. O peso das coisas faz tudo se curvar. Velhinho que era, com seus passos lentos, costas curvadas e vergadas, um lastro que se acumulou com a passagem das coisas. Discreto, passou por mim aquele senhor de bengala sob a mão direita já não tão firme. Passo por passo em caminhada incerta. Parecia saber onde ia, contudo me pergunto quanto tempo a empreitada lhe tomaria? Calça de alfaiataria modesta antiga, camisa azul noite e noite já era nos olhos escuros e dispersos na travessia. Estava no começo da longa praça e seguia no afã de cruzar. A vida lhe cobrou o preço das costas que foram curvadas, o preço dos olhos embaçados e me cobrará por ter-lhe observado. Um Atlas já envelhecido que o mundo ainda carrega.
Autoria: Renata Regis Florisbelo
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