Categorias: Política

CPI da Sanepar: empresa está com três anos de atraso em obras e recebeu R$ 2 milhões em aditivos

Os vereadores membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Sanepar ouviram, na tarde desta quinta-feira (13), representantes da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) e da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Paraná (Agepar). A sessão teve como objetivo esclarecer questões sobre atrasos em obras e problemas no abastecimento de água em Ponta Grossa.

Pela Sanepar, compareceu o engenheiro Joel Pires, responsável pela área de projetos. Ao ser questionado pelos vereadores sobre a construção de uma nova adutora, Joel explicou que a solicitação inicial ocorreu em julho de 2019, mas problemas relacionados às licitações causaram atrasos significativos. Segundo ele, as manobras operacionais foram interrompidas em 2022, resultando em um atraso de três anos na obra, período durante o qual houve diversos aditivos de prazo.

Joel Pires também foi questionado sobre um aditivo no valor de R$ 2 milhões, mas afirmou não possuir conhecimento sobre o tema, já que sua função está restrita à área técnica da empresa.

Representando a Agepar, participaram da reunião o engenheiro Sérgio Luiz Cequinel Filho, diretor de Fiscalização e Qualidade de Serviços, e Gisele de Andrade Colle, chefe da Coordenadoria de Fiscalização. Cequinel destacou que a Agepar soube dos problemas com falta de água em Ponta Grossa por meio da mídia e iniciou imediatamente, em fevereiro, uma coleta detalhada de informações, concluindo que a Sanepar apresentou falha na prestação do serviço devido à descontinuidade no fornecimento.

Gisele Colle destacou ainda que a Prefeitura de Ponta Grossa também falhou ao não informar imediatamente a Agepar sobre os problemas detectados. Diante disso, a Agepar solicitou uma reunião com a Administração Municipal para esclarecer o ocorrido. Colle informou ainda que, embora as diligências estejam sendo mantidas em sigilo, já foi lavrado um Auto de Infração contra a Sanepar.

Ao final da reunião, Sérgio Luiz Cequinel ressaltou a importância de a Prefeitura estreitar relações com a Agepar para melhorar a comunicação e agilizar resoluções futuras. A coordenadora de Fiscalização acrescentou que caberia a Prefeitura teria a obrigação de efetuar a fiscalização das obras e ter comunicado de pronto a Agepar em constatando irregularidades, o que não ocorreu.

A CPI é composta pelos vereadores Guilherme Mazer (presidente), Joce Canto (relatora), Leo Farmacêutico, Leandro Bianco e Geraldo Stocco.

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Luis Carlos Pimentel

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