Foto: BnT News.
Na sessão da Câmara de Vereadores de Ponta Grossa realizada na segunda-feira (24), o debate com representantes da Sanepar trouxe à tona a grave crise de abastecimento de água que afeta dezenas de bairros da cidade. A discussão, que envolveu questionamentos incisivos dos parlamentares, destacou a necessidade de responsabilização da concessionária pelos transtornos causados à população.
O vereador Geraldo Stocco, um dos membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada para apurar as falhas no fornecimento de água, criticou duramente a postura da empresa e defendeu que a população deve ser compensada pelos dias sem abastecimento. “A Sanepar precisa colocar a mão na consciência e realmente fornecer esse desconto ou até mesmo isentar a metade do mês, porque é absurdo o que está acontecendo na nossa cidade”, afirmou o vereador.
Durante a audiência, Estocco questionou diretamente os representantes da Sanepar sobre a previsão de descontos ou isenção de taxas para os consumidores afetados. Segundo ele, os gerentes da empresa se esquivaram e não apresentaram respostas concretas. “Eles se olharam, passaram a responsabilidade de um para o outro e afirmaram que, sem consumo, não haveria cobrança. Mas há vários vídeos circulando na internet mostrando hidrômetros rodando mesmo sem água nas torneiras”, denunciou.
O parlamentar também rebateu a justificativa da empresa de que as falhas no abastecimento são decorrentes do calor intenso. “Já tivemos dias tão quentes quanto esses e não ficamos sem água. Esse problema é resultado de um erro de planejamento”, argumentou. Segundo ele, a Sanepar alegou possuir um plano de expansão até 2040, mas os fatos indicam que esse planejamento falhou. “A cidade cresceu, novas ligações foram feitas, e a Sanepar deveria ter previsto essa demanda. Houve um erro grave e a empresa precisa ser responsabilizada por isso”, disse.
A CPI instaurada para investigar a situação conta com cinco vereadores e já iniciou seus trabalhos. De acordo com Estopa, a comissão já realizou a primeira reunião para definir diretrizes e encaminhar requerimentos à Sanepar e à Prefeitura de Ponta Grossa. “Esta semana já teremos oitivas com ex-secretários do Meio Ambiente e, posteriormente, iremos convocar a gerência da Sanepar para prestar contas”, explicou.
O vereador garantiu que a CPI atuará com rigor e que uma das prováveis recomendações será a aplicação de punições à Sanepar, tanto na esfera penal quanto civil. “Em Maringá, a empresa foi multada em R$ 5 milhões por um problema semelhante e teve que conceder desconto à população. Queremos que isso aconteça aqui também”, afirmou.
A sessão transmitida ao vivo pela Câmara e retransmitida pelo Portal BnT Online registrou ampla participação popular. “Muita gente comentou que finalmente se sentiu representada. Esse é o nosso papel, dar voz à população e cobrar soluções”, ressaltou Stocco.
O vereador também criticou a demora da Sanepar em prestar esclarecimentos. “Alguns vereadores agradeceram a presença deles, mas eu não. Eles levaram duas semanas para comparecer à Câmara e, quando foram, enrolaram”, disse.
Sobre a solidez da CPI, Estopa foi enfático ao ser questionado se o trabalho poderia “acabar em pizza”: “De jeito nenhum! Como todos os cidadãos, também sofro com a falta de água. Mas mesmo que não sofresse, minha obrigação como vereador é fiscalizar e cobrar soluções. Estamos trabalhando com seriedade e responsabilidade”.
A CPI da Sanepar continuará realizando oitivas, coletando documentos e investigando as falhas no abastecimento. A população também pode colaborar denunciando problemas e informando quando os prazos estabelecidos pela Sanepar não forem cumpridos.
“Avisem a imprensa, avisem o BnT Online. Assim, conseguimos unir forças e pressionar a Sanepar para resolver essa crise o mais rápido possível”, concluiu o vereador.
O Portal BnT Online continuará acompanhando os desdobramentos dessa investigação e trará atualizações em tempo real sobre o trabalho da CPI e as respostas da Sanepar.
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