A mulher contava sobre o homem em algum canto do hospital. Imóvel, sujo, por horas sentado numa cadeira sem atenção. Há anos imobilizado, não possuía autonomia para ter seu próprio cenário modificado. Mulher segura, com braços fortes e pensamentos firmes em acolher quem não é capaz de a si mesmo atender. Fim dos tempos de alguém, incapaz de manter a si, sem prover a própria alimentação, a higiene e a digna condição. Há sim muita humanização em não permitir que outrem viva em precária situação. A mulher não tem senões em atender, não tem preguiça em trabalho prover, com os próprios braços erguer. O homem imóvel olha tudo, mas não vê, não responde, nenhuma sequer palavra dita, sua desdita é quem lhe dita a inércia da vida. Mas o corpo recebe amparo, banho, comida que chega à boca, não é pouca coisa. A mulher parece gigante, uma deusa grega quando se põe a cuidar. E haja afeto naqueles braços a abraçar e limpar. Um homem que era sujo com a dignidade a recobrar.
Autoria: Renata Regis Florisbelo
Leia também: Mulher é brutalmente assassinada e corpo é encontrado em avenida de PG
Veja as notas de falecimentos das últimas 24h divulgadas pelo Serviço Funerário Municipal de Ponta…
Com dois empates e uma vitória, Brasil se classificou em segundo lugar no grupo D…
Vítima, de 19 anos, foi encaminhada ao Hospital São Camilo pela ambulância, com uma contusão…
Em maio, a atual porta voz do Mandato Coletivo, Josi Kieras confirmou que não será…
Uma palestra com um dos maiores palestrantes de negócios do Brasil, Arthur Igreja, foi transmitida…
Colisão envolveu dois automóveis e um caminhão; um dos veículos tentava uma ultrapassagem arriscada no…
Esse site utiliza cookies.
Política de Privacidade