Em um cenário onde as emoções estão à flor da pele, o confronto entre Cruzeiro e Palmeiras se destaca não apenas como um evento esportivo, mas como um verdadeiro campo de batalha entre torcidas. O governo de Minas Gerais e a Polícia Militar local enfrentam críticas por sua incapacidade de gerenciar eventos que envolvem as duas torcidas apaixonadas. A situação se torna ainda mais tensa, pois este jogo pode decidir o campeão do Campeonato Brasileiro, como já ocorreu em anos anteriores.
O governo estadual, preocupado com a segurança, solicitou que apenas uma torcida estivesse presente durante o jogo. Por outro lado, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) defende a isonomia, ou seja, a presença de ambas as torcidas. Essa divergência levou à decisão de realizar o jogo sem torcedores, uma medida considerada por muitos como um abuso.
Desde 1988, as torcidas organizadas de Cruzeiro e Palmeiras, conhecidas como Máfia Azul e Mancha Verde, têm uma história marcada por conflitos. Um episódio marcante ocorreu quando a Máfia Azul visitou o Parque Antarctica após a morte do presidente da Mancha, Cléo Sóstenes. A provocação foi imediata, e a tensão rapidamente se transformou em violência nas arquibancadas.
Nos últimos anos, a rivalidade se intensificou. Em 2023, o clima de hostilidade foi palpável, especialmente após um incidente em 2022, quando a Máfia Azul atacou a Mancha Verde na estrada. Em 2024, a situação se agravou ainda mais com um homicídio relacionado a uma emboscada. A violência continua a ser uma preocupação constante, embora, felizmente, não tenha resultado em mortes no último confronto.
Diante desse histórico de confrontos, a Polícia Militar de Minas Gerais decidiu tomar medidas drásticas para garantir a segurança durante a final do Campeonato Brasileiro de 2023. A Mancha Verde foi escoltada desde a divisa de São Paulo até o Mineirão, um esforço considerável para evitar confrontos. No entanto, muitos questionam se o Estado deveria gastar tantos recursos e energia para garantir a segurança de um evento esportivo.
A CBF, em sua tentativa de promover a isonomia, estabeleceu que, se no primeiro turno do campeonato as duas torcidas estiveram presentes, o mesmo deveria acontecer no segundo turno. Assim, a decisão de não permitir a entrada de torcedores em nenhum dos turnos foi vista como drástica, mas necessária. No entanto, essa abordagem gerou descontentamento, especialmente entre os torcedores que esperam ansiosamente por esses jogos.
Adicionalmente, a situação é ainda mais complicada pela presença de torcedores foragidos. Embora doze indivíduos tenham sido presos, o presidente e o vice-presidente da Mancha Verde continuam em liberdade. Essa incerteza sobre a segurança dos torcedores e a capacidade das autoridades de gerenciar a situação coloca um peso adicional sobre a organização do evento.
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