Martinha chegava no colégio com a chave do carro balançando na mão. Fazia questão de balançar. Não era um modelo de luxo, mas era seu, trocado a cada ano, reconhecimento por sua dedicação exclusiva ao lar. O balanço adicional ficava por conta do braço gordo, engordado cada ano mais. Deixava seu pequeno, lindo, viçoso, o amor de sua vida, na escola. Não contava com o susto do dia no qual o rico empresário, seu marido, a deixou e foi morar com uma mocinha jovem e magrinha parecida com a Martinha de muitos anos atrás. Lágrimas pelos tempos que não voltariam jamais. E a chave do carro, agora o mesmo, raramente trocado, balançava menos, no braço ainda engordado, porém triste e magoado. A moça magrinha deu à luz a um menino. Ironia da vida, o carro da nova mulher, trocado a cada ano, modelo mais sofisticado, também tinha sua chave vigorosamente balançada pelo braço também engordado da mocinha que deixou de ser mocinha e magrinha, ficou enorme, do porte da Martinha.
Autoria: Renata Regis Florisbelo
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