O eleitorado argentino prepara-se para ir às urnas escolher um novo presidente no domingo (22), em meio à maior crise cambial das últimas décadas e a uma disparada da inflação. São mais de 35 milhões de cidadãos aptos a votar.
Determinante na escolha do eleitor, a situação econômica tem se agravado na reta final da campanha, que se encerra amanhã (20). A inflação chega aos 138,3% anuais, de acordo com a divulgação mais recente, realizada em 12 de outubro. Desde o início do ano, o preço dos alimentos subiu mais de 150%.
O peso argentino também tem acentuado seu declínio ante o dólar. Dois dias antes dos dados oficias de inflação serem divulgados, o valor de um dólar americano rompeu pela primeira vez o patamar de 1 mil pesos no câmbio paralelo, aquele que verdadeiramente vigora nas ruas do país, pela primeira vez.
Desde então, o câmbio tem se mantido próximo da marca histórica, pressionando ainda mais a inflação e jogando famílias inteiras na pobreza, flagelo que já atinge mais de 40% da população do país. Veja os principais candidatos:
Autodenominado “anarcocapitalista”, Javier Milei, favorito das eleições, se coloca como representante de um liberalismo extremo. Pelo partido La Liberdad Avanza, suas propostas estão a redução drástica de subsídios e dos ministérios, bem como a dolarização da economia e proibição do aborto.
Milei também declarou que, se eleito, cortaria relações com o Brasil, a qual ele considera o governo Lula como “comunista”. O Brasil é o segundo maior parceiro comercial dos argentinos. O discurso dele ecoa, sobretudo, entre os mais jovens e, com isso, oscila entre 30% e 35% nas pesquisas.
Sergio Massa, do partido peronista Unión pela Pátria, é o atual ministro da Economia da Argentina. Trata-se de um político, advogado, que conquistou as primárias de seu partido depois da terceira tentativa. Ele já foi também presidente da Câmara dos Deputados.
O candidato, que promete um governo “totalmente diferente do atual”, do qual ele faz parte, varia entre 27% e 32% nas pesquisas.
Do lado conservador está Patricia Bullrich, da coalizão Juntos pela Mudança. Ex-ministra da Segurança do governo Macri (2015-2019), a cientista política e jornalista é nascida em Buenos Aires e proveniente de uma aristocrática família argentina, com ligações centenárias no comércio de gado.
Envolvida na política desde a adolescência, ela se apresenta como uma liberal linha-dura, focada principalmente na segurança e na economia. As pesquisas apontam a candidata em terceiro, com cerca de 25%.
Além dos três, também concorrem Juan Schiaretti, de centro-direita e Myriam Bergman, de esquerda. Ambos alcançam 5% nas pesquisas.
Para vencer no primeiro turno das eleições, é preciso que um dos candidatos receba ao menos 45% dos votos válidos – excluídos votos brancos e nulos. Pela constituição argentina, a vitória em primeiro turno também ocorre caso algum dos candidatos receba apenas 40% dos votos válidos, mas com uma diferença de pelo menos dez pontos sobre o segundo mais votado.
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Com informações de Agência Brasil
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