O SIEMACO recebeu o primeiro Encontro Sobre Assédio Eleitoral de Ponta Grossa, na manhã desta terça-feira (24). Durante o evento, foram discutidos alguns resultados obtidos de estudos realizados em torno do assunto.
O evento é uma iniciativa do Ministério Público do Trabalho do Paraná (MPT/PR), em parceria com outros órgãos do estado. O objetivo de trazer o assunto à tona é de reduzir o número de assédios eleitorais no âmbito de trabalho, com a justificativa de que os eleitores precisam decidir seu voto.
Um tópico apresentado no evento é o número de denúncias de Assédio Eleitoral nas últimas eleições. Foram 365 denúncias registradas pelo MPT/PR, que colocaram o Paraná como o terceiro estado com mais denúncias na região Sul.
Representantes do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE/PR), Ordem dos Advogados do Brasil do Paraná (OAB/PR), Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT/PR), Sistema Fecomércio Sesc, Associação da Advocacia Trabalhista no Paraná (AATPR), Ministério Público Eleitoral do Paraná (MPE-PR) e União Geral dos Trabalhadores (UGT) estiveram presentes no evento.
O assédio eleitoral pode ocorrer por meio de coação, humilhação e constrangimento no ambiente de trabalho. Patricia Blanc Gaidex, vice-procuradora do MPT-PR, caracteriza como identificar e como denunciar o assédio eleitoral no trabalho.
“O trabalhador pode fazer uma denúncia, com sigilo de autoria (se identifica, mas a identificação é mantida em sigilo) ou mesmo de forma anônima. Nome de vítimas, testemunhas, fatos concretos, são fundamentais para uma boa ação”, conclui Patrícia.
O assedionao.org é uma iniciativa mobilizada pelo Ministério Público do Trabalho, Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, Ministério Público Federal, Ministério Público do Paraná e Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região do Paraná. O site possui informações de conscientização contra o assédio eleitoral.
A presidente do SIEMACO Maria Donizete Teixeira Alves falou ao Portal BnT sobre a importância para o sindicato de receber o Encontro. “É muito importante. Toda hora recebemos denúncias de assédio eleitoral. Muitas empresas querem forçar funcionários a votar em um determinado candidato que, muitas vezes, é financiado pela empresa”, conta.
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