Enquanto encho a pequena chaleira, penso que poderia pedir para ele voltar, afinal, talvez ainda tenham restado lembranças em sua mente. Não. A chaleira quase transborda, enquanto, quase certo, os pensamentos dele também transbordam. Um leve assobio de fervura paira, é minha cabeça que deixa ferventar as ideias, revisita momentos, cenas já vividas. Penso nele, que foi embora faz dez meses e deixou justamente aquela pequena chaleira. Costumava fazer chá para mim. Ele dizia que chá não servia para nada, entretanto, fazia, gostava de deitar as flores de macela na água quente e, em seguida, abafá-las. Flores abafadas que exalam sua essência.
Ele foi embora, a chaleira ficou a ferver minhas saudades. Penso que poderia pedir para ele voltar. Melhor não. A velha chaleira ele não deseja mais encontrar. No chá da macela, o tom amarelo igual ao semblante dele, ora pálido, ora amarelo apático. Às vezes, penso que o melhor seria não pensar.
Autoria: Renata Regis Florisbelo
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