O recém-empossado presidente Donald Trump anuncia um novo capítulo para os Estados Unidos, prometendo uma “Era Dourada” que visa reverter os desafios econômicos enfrentados pelos cidadãos americanos. Em sua abordagem, Trump reafirma o compromisso com o excepcionalismo americano, propondo reformas significativas no setor econômico para melhorar a qualidade de vida da população. Entre suas metas destacam-se a redução de preços, o aumento real dos salários e a preservação e criação de empregos no território nacional.
No entanto, a nova administração enfrenta críticas por suas contradições internas. Apesar de buscar fortalecer a economia americana, as medidas propostas podem se revelar prejudiciais tanto para trabalhadores quanto para consumidores. Em consonância com um movimento internacional conservador, Trump conta com o apoio de aliados como Javier Milei, presidente argentino, cuja trajetória econômica em seu primeiro ano tem sido admirada por Trump.
O programa delineado por Trump é abrangente e abarca diversos setores da sociedade americana. O novo governo apresentou um resumo das ações prioritárias que pretende implementar, com ênfase em segurança interna, projeto energético, desburocratização e recuperação dos valores nacionais. Medidas relacionadas à segurança já foram colocadas em prática, enquanto o projeto energético gera controvérsias que serão analisadas em breve. A desburocratização sob a supervisão de Elon Musk é considerada crucial para o sucesso do governo nos próximos quatro anos.
A administração Trump, liderada por ele e pelo vice-presidente J.D. Vance, adota uma nova doutrina conhecida como pós-liberalismo. Esta proposta representa uma ruptura com as tradições do partido republicano e busca uma intervenção econômica mais assertiva. “O verdadeiro indicador de sucesso não é o PIB ou a bolsa de valores, mas sim a capacidade das pessoas de formar famílias saudáveis e prósperas”, afirma Vance.
Entretanto, investidores estão cautelosos. De acordo com um relatório do fundo de investimento Bridgewater, as nomeações e discursos de Trump indicam uma intenção de remodelar as instituições americanas e reconfigurar sua política externa e comércio global. Essa mudança já está em andamento e levanta questionamentos sobre as consequências dessas decisões.
Embora critique a administração anterior pela inflação crescente, Trump pode estar criando novos obstáculos para os consumidores ao impor tarifas elevadas sobre importações. As intenções de aplicar tarifas de 60% sobre produtos chineses e 25% sobre importações do Canadá e México foram alvo de advertências sobre seus impactos na inflação e no custo de vida.
A análise das tarifas se concentra especialmente nas relações com a China, considerado o principal adversário dos EUA. O professor André Azevedo Alves ressalta que o enfoque protecionista ultrapassa essa relação direta e critica a visão simplista que caracteriza as interações comerciais como um jogo de soma zero.
Alves também destaca uma tensão entre a promoção da liberdade econômica dentro dos EUA e as políticas protecionistas no comércio exterior. Ele alerta que um aumento significativo no protecionismo pode não apenas impedir o crescimento econômico mas também levar à criação de uma elite financeira próxima ao poder político.
Outro aspecto controverso da nova administração são as ordens executivas relacionadas ao meio ambiente. Trump anunciou sua retirada do Acordo de Paris, um pacto internacional que visa combater as mudanças climáticas — uma decisão criticada amplamente por líderes globais. Ele enfatizou seu compromisso com os combustíveis fósseis ao declarar uma emergência energética nacional enquanto impõe restrições ao desenvolvimento de energias renováveis.
Essa abordagem contradiz seus objetivos proclamados em termos de segurança energética, levando analistas como Simon Mundy do Financial Times a questionar a coerência dessas ações frente à crescente demanda por fontes alternativas de energia.
Com muitas incertezas ainda pairando sobre os próximos quatro anos da administração Trump 2.0, as promessas feitas trazem consigo tanto esperanças quanto preocupações. O novo presidente divide opiniões e suas propostas estão repletas de contradições que poderão moldar não apenas o futuro econômico dos Estados Unidos mas também suas relações internacionais.
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