Depois da Cachoeira da Mariquinha e do Distrito de Uvaia, o
cenário do domingo de chuva foi a Cachoeira do Rio São Jorge, para encerramento
do Circuito Corrida na Roça 2021. Ainda na manhã de domingo, o trajeto da
corrida e da caminhada tiveram que ser modificados, para segurança dos atletas.
De acordo com Varlei Pacheco, da direção de segurança da prova, poucas horas
antes da prova, equipe da organização e a Federação de Atletismo optaram pela
mudança. “O percurso foi adaptado, os atletas vão até a Usina do Pitangui, por
conta das chuvas da madrugada e da manhã de domingo, que aumentaram a
intensidade do rio e por questão de segurança foi definida a alteração, que
reduziu um pouco o nível de aventura e das paisagens mais exóticas da prova,
mas o atleta pode conferir, ainda, o peculiar cenário dos Campos Gerais”,
explica.
Israel Silva, um dos primeiros atletas a concluir o
percurso, declara que em alguns trechos teve que reduzir o ritmo da corrida. “Alguns
locais de subida ficaram escorregadios por conta da chuva, mas o fato de não
ter sol realmente foi bastante favorável”, destaca o atleta.
Lindamar Candeo, 40 anos, já participou de outras etapas na
Roça, e veio mais uma vez de Curitiba para buscar superação. Ele não conhecia
as paisagens da Cachoeira do Rio São Jorge e acha que a chuva trouxe mais
emoção à prova. “Correr no seco é normal, a chuva realmente foi um dos grandes
diferenciais”, enfatiza
Valmir da Silva, morador de Ponta Grossa, participou das
três etapas de 2021. “A prova da Corrida na Roça é sempre um desafio e a chuva
foi até bom para dar uma relaxada e baixar a poeira”, confirma.
Kelli Cristina Rodrigues Coga, de 34 anos, veio da Lapa para
a corrida e trouxe a esposa, Michele Rodrigues Coga, para curtir a corrida na
Roça. Elas chegaram na cidade no sábado e aproveitaram o fim de semana também
para um descanso. “Com a chuva ficou mais divertido o trajeto, pura emoção, com
certeza vamos voltar e trazer mais atletas da nossa região”, define Kelli. Elas
não conheciam a paisagem da Cachoeira do Rio São Jorge. “Lugar muito lindo pra
passar um dia em família, com certeza a gente volta aqui pra passear”, confirma
Michele.
Marina Souza é de Ponta Grossa, mas não conhecia a Cachoeira
do Rio São Jorge, e participa das corridas na roça pela segunda vez. “A prova
foi muito organizada, a chuva trouxe mais emoção, foi maravilhoso conhecer este
lugar”, descreve.
Elaine Ribeiro da Cruz correu o percurso de 7 quilômetros,
com o esposo, e desta vez ficou na torcida pelo filho João Gabriel, de 7 anos,
que pela primeira vez participou da Corrida Kids. “O trajeto foi tranqüilo,
largamos antes e não pegamos chuva e hoje encerramos as três etapas de corridas
na Roça, com essa paisagem perfeita, que eu já conhecia, mas há 18 anos não
vinha visitar, e agora estamos tendo ainda a oportunidade de conhecer mais
detalhes dos atrativos turísticos”. E o pequeno João Gabriel já acompanhava os
pais na corrida, mas dessa vez tomou a iniciativa de participar. “Esperamos ele
decidir correr e vai ser a primeira de muitas”, destaca a mãe corredora.
Kleber William Caizeiro diz que a chuva ajudou a tornar a
corrida mais desafiadora. Ele é pontagrossense, mas não conhecia a Cachoeira do
Rio São Jorge. “Valeu muito a pena, e com certeza vamos curtir o dia aqui”,
acrescenta.
Gracieli Pires Vieira veio de Curitiba com mais 28 atletas.
Eles chegaram em um microônibus para participar da prova. “Achei que essa foi a
prova mais difícil da roça até agora, sol não apareceu, mas a paisagem é muito
linda, valeu demais o domingo”, conta.
De acordo com Kleber Cavali, da Cavali Pró Eventos, a chuva
não impediria a realização da prova, apenas trouxe mudanças de última hora,
para garantir a segurança de todos os atletas. “Tivemos menor número de
participantes por conta da chuva, de 10% a 15% dos inscritos acabaram não
comparecendo, mas todos que vieram se divertiram bastante, e a Corrida na Roça
é uma festa, pessoal vem pra brincar, trazer a família, em um ambiente agradável,
que depois da corrida podem curtir um almoço diferenciado no restaurante do atrativo
turístico, ainda as cachoeiras e a gente frisa que os atletas tragam a família
para o evento que é de esporte, turismo e lazer”, enfatiza.
Ainda segundo Cavali, a ideia para o ano de 2022, que já
está em planejamento, é exportar a Corrida na Roça para outras cidades. “A
região é muito rica em belezas naturais, tem cidades próximas que querem
receber a Corrida na Roça, como Carambeí, Arapoti, Palmeira, Colônia Witmarsum,
e a expectativa para 2022 são as melhores”, complementa Cavali, confirmando que
as três etapas do circuito somaram mais de 1.500 atletas participantes das
corridas de 7 quilômetros e das caminhadas de 5 quilômetros e ainda da Corrida
Kids.
Os três eventos têm apoio da Lei Municipal de Incentivo a
Eventos Geradores de Fluxo Turístico, com aprovação do Conselho Municipal de
Turismo. “Vimos o potencial turístico do evento, e a meta foi alcançada, ainda
mais nesta última etapa, que cerca de 40% dos inscritos são de fora, então como
organizadores fizemos a nossa parte de promover o turismo e o esporte,
cumprindo também todos os protocolos de segurança sanitária, exigidas pelos
órgãos de saúde”, finaliza.
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