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Evento reforça urgência de soluções habitacionais em PG

Em torno de 300 agentes sociais entre famílias sem teto, estudantes, professores e autoridades públicas dos poderes judiciário, legislativo e executivo, estiveram reunidos em Ponta Grossa-PR no último final de semana para o I Seminário de Capacitação em Habitação de Interesse Social e Direito à Cidade. O evento destacou a urgência de soluções habitacionais e a promoção do direito à cidade através de modelos participativos e sustentáveis.

O seminário resultou na elaboração de uma Carta-Manifesto com várias propostas transformadoras. Destacam-se as solicitações à Prefeitura Municipal de Ponta Grossa e ao Governo do Estado do Paraná para a destinação de 2% dos impostos sobre serviço e impostos predial, territorial e urbano para novos empreendimentos sociais e para a regularização fundiária. Essas medidas, alocadas através dos Fundos Municipal e Estadual de Habitação, são vistas como passos decisivos para o enfrentamento do déficit habitacional da cidade.

(UMP-PG)

A União por Moradia Popular de Ponta Grossa (UMP-PG) teve um papel central na organização e execução do seminário, promovendo o diálogo e a colaboração entre diversos setores da sociedade. Gerveson Tramontin, membro da coordenação da UMP-PG, destaca que “a autogestão habitacional não apenas fortalece a comunidade, mas também é fundamental para a sustentabilidade e a justiça social em nossos projetos urbanos.”

Propostas Principais

  • Criação de Superintendência da Caixa Econômica Federal em Ponta Grossa: Visando ampliar o acesso ao financiamento habitacional.
  • Destinação de 2% do ISS e do IPTU para empreendimentos sociais: Proposta pela Prefeitura Municipal para fortalecer o fundo de habitação local.
  • Alocação de 2% de impostos estaduais para a mesma finalidade: Solicitação ao Governo do Estado para apoiar a regularização fundiária.

Contexto

A necessidade de tais iniciativas é amplificada pelos dados recentes do IBGE, que revelam a existência de 540 mil domicílios vazios em comparação com um déficit habitacional de 400 mil no Paraná. A realidade de Ponta Grossa não é diferente, com 21,889 domicílios vazios frente a um déficit de 15,588 moradias, segundo a Cohapar. As discussões no seminário também reiteraram a importância do modelo de autogestão, não apenas como uma solução de moradia, mas como um fortalecimento da função social da propriedade e do planejamento participativo.

Tramontin enfatiza também que “Ponta Grossa dá um exemplo importante de como a cooperação e a determinação coletiva podem endereçar os desafios urbanos contemporâneos, especialmente no que tange à moradia e ao desenvolvimento sustentável da cidade. As estratégias propostas e os debates gerados no evento são fundamentais para avançar nessa direção”.

Leia também: MPPR denuncia homem que tentou sequestrar médica em PG

Das assessorias

Textos produzidos pelas assessorias de imprensa. Sejam dos órgãos públicos, de empresas da iniciativa privada ou de organizações do terceiro setor.

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