Em julgamento realizado nesta
semana no Tribunal do Júri em Ponta Grossa, três ex-recrutas do Exército
denunciados pelo Ministério Público do Paraná por homicídio triplamente
qualificado foram condenados a penas que, somadas, alcançam cerca de 53 anos de
prisão. A vítima, um motorista de aplicativo, foi morta em agosto de 2020. Além
do homicídio, os denunciados foram condenados por ocultação de cadáver, furto
qualificado e fraudes processuais (tentada e consumada).
Conforme a denúncia, os então
militares – já afastados das Forças Armadas – eram amigos do motorista e
costumavam beber juntos. No dia do crime, a pretexto de um encontro dessa
natureza, foram até a casa da vítima, onde o agrediram. O motivo seria um
desacerto financeiro com o rapaz, que teria se negado a devolver certo valor
aos recrutas, além de uma suposta investida dele, de caráter sexual. Depois do
homicídio, buscando ocultar o fato, os três levaram o corpo a uma região
afastada, no município de Imbituva, bem como forjaram dados relativos ao
ingresso deles no quartel. Confrontados pela investigação policial e por
depoimentos de familiares do motorista, acabaram confessando. O MPPR sustentou
como qualificadoras motivo torpe, mediante traição e recurso que dificultou a
defesa da vítima – todas acatadas pelo Conselho de Sentença.
Foram consideradas pelo Juízo,
enquanto atenuantes, a inexistência de antecedentes criminais dos três
pronunciados e o fato de serem menores de 21 anos. Um deles foi sentenciado a
16 anos, seis meses e 28 dias de reclusão em regime inicial fechado, além de
multa, e os outros dois a 18 anos, quatro meses e 10 dias de reclusão e multa.
Cabe recurso.
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