Uma explosão numa mesquita da província de Nangarhar, na região leste do Afeganistão, deixou nesta sexta-feira mais de uma dezena de feridos e pelo menos três mortos. Embora os relatos variem quanto ao número de feridos, os talibãs já confirmaram o incidente e afirmam tratar-se de um atentado.
“Foram registrados pelo menos três mortos e 15 feridos, até o momento”, disse à AFP um médico do hospital local.
A Reuters informa que há pelo menos 12 feridos, não relatando qualquer morte.
A explosão ocorreu por voltas 13h30 (hora local) no distrito de Spin Ghar, perto da cidade de Jalalabad, um dos redutos do braço afegão da organização jihadista do Estado Islâmico IS-K. Qari Hanif, o porta-voz do governo da província de Nangarhar, disse à agência de notícias AP que parecia que tinha sido posta uma bomba na mesquita.
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Já Atal Shinwari, um habitante da cidade, afirmou à Reuters que parecia que os explosivos tinham sido instalados no interior da mesquita.
“Posso confirmar que houve uma explosão durante as orações desta sexta-feira, dentro de uma mesquita no distrito de Spin Ghar. Há feridos e mortos”, disse fonte do regime talibã à AlJazeera, acrescentando que entre as vítimas se encontra o imã da mesquita.
À hora da explosão ocorriam as orações da manhã na mesquita, onde estariam muçulmanos sunitas. O Estado Islâmico na província de Khorasan, ISKP (ISIS-K) – uma afiliada do grupo armado Isil (Isis) – assumiu a responsabilidade dos vários ataques a espaços de culto que têm ocorrido no país desde que os talibãs assumiram o poder no Afeganistão. Todavia, até agora, a autoria do ataque não foi reivindicada.
Um dos últimos ataques do Isis, no início deste mês, no Hospital Militar Nacional de Cabul fez pelo menos 19 mortos e 50 feridos. Mais de 120 pessoas foram mortas em ataques do Estado Islâmico (EI), nas últimas semanas, em duas mesquitas, frequentadas principalmente pela comunidade Hazara, uma minoria xiita.
Criado em 2014, o ramo do EI no Afeganistão está presente principalmente no leste do país. O Estado Islâmico da Província de Khorosan (EI-K), como é conhecido, é de fação sunita, como os talibãs, mas é ainda mais rigoroso e defende uma ‘jihad’ global”.
Reuters
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