Não registrei seu rosto numa foto. Não quis perturbar a serenidade daquele momento que nunca mais será de novo tão docemente pleno, tão ela. A pele cada dia mais translúcida. Cabelos em ondas suaves, ao sopro leve da brisa fresca, deixa os cachos agitarem e brincarem na gangorra que o vento atrevido traz. Ao lado dela eu estava. Tão perto, tão longe, fazia par com a eternidade e se deixava perpetuar, mas também se deixava evanescer, pois dela não tirei o retrato, não quis roubar a liberdade de não ser aprisionada na imagem. Só em minhas retinas ela ficou registrada, eternizada. Como pode uma face ser tão linda, tão expressiva? Como pode conter tanta vida? Olhos fundos, mergulhavam fundo. Como um mantra que se ouve longe e perto, vem cantar no pé do ouvido como quem vem de muito longe para depois continuar sua jornada. E sua face traz o sorriso leve que diz “oi” seguido de “adeus”, mas sussurra “para sempre”. Minha eterna mãezinha amada.
Autoria: Renata Regis Florisbelo
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