A família e amigos de Heitor Miguel Ferreira, de 1 ano, que morreu após ser vítima de estupro pelo padrasto no último domingo (26), realizaram durante a tarde de quinta-feira (30) uma manifestação pedindo justiça, em Castro. A concentração que aconteceu no fórum e seguiu até o Parque Lacustre, durante a caminhada outras pessoas também protestaram sobre outros casos na cidade. O movimento lembra o mês de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, o Maio Laranja.
Em um dos cartazes que pede justiça para as crianças vítimas de abuso destaca “responsabilidade, cuidado com as crianças. A criança precisa de cuidado, rede proteção, creche e muito carinho. Toda a sociedade castrense está indignada com os casos de abuso e pede ao poder legislação, leis para coibir abusadores. Não vamos se calar. É nosso dever de cidadão cuidar e proteger nossas crianças”. Em outro cartaz descreve que o país tem 124 denúncias de abuso sexual contra crianças e adolescentes por dia. Outros cartazes pede justiça pelas crianças.
Um dos participantes no Parque Lacustre disse “a justiça tem muita brecha, porque a mínima de quem cai preso sobre o estupro é de 8 anos e a máxima é de 15 anos”. Ao longo da manifestação, veículos fizeram buzinaço.
Para a reportagem do Portal Boca no Trombone, a tia do bebê, Laura Cristine Ferreira, explica que esse caso não pode ficar de lado. Ela lembra que “no sábado (25) peguei Heitor 11h30 da manhã e fiquei com ele até 13h30. Ele estava com um hematoma no rosto por conta da porta do guarda roupa. Nas partes íntimas e no corpo, quando eu troquei ele, não tinha hematomas. Quando levei ele denovo para a mãe, o cara não demonstrou que ele iria fazer alguma coisa. A mãe de Heitor saiu para trabalhar e os pais do rapaz estavam na casa”. Laura pede justiça pelo Heitor. “A revolta é muito grande pelo fato da família dele não ter visto. Queremos justiça e também por conta de ser um bebê de um ano, que não tem defensa nenhuma”.
Ela explica que manifestações sobre os casos de abuso devem ocorrer uma vez por mês.
Caso do bebê
O padrasto foi autuado em flagrante pelo crime de estupro de vulnerável qualificado pelo resultado morte. Conforme informações divulgadas pela delegada da Polícia Civil de Castro, Renata Batista, durante a manhã de domingo (26), a mãe de Heitor teria deixado ele sob a responsabilidade do padrasto para ir trabalhar.
A delegada explica que os polícias militares foram acionados para dar atendimento a uma ocorrência de estupro de vulnerável de uma criança, que deu entrada em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), com insuficiência respiratória, às 10h58, vítima levada pelo padrasto e uma mulher identificada como madrinha do suspeito, que após 45 minutos de manobras de reanimação, veio a óbito às 11h39.
“A princípio, foram constatadas lesões nas regiões íntimas da vítima, vários hematomas pelo corpo com colorações diversas, além de marcas sugestivas de asfixia mecânica. O corpo da vítima foi encaminhado até o Instituto Médico Legal (IML), para a análise detalhada e busca de vestígios, bem como para a confirmação da causa da morte”, disse a delegada Renata Batista.
Por fim, a delegada esclarece que as investigações prosseguem para apurar todas as circunstâncias e responsabilidades, sendo assim, novas diligências investigativas serão realizadas.
Veja como foi a manifestação:
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