Festival de Teatro leva mais de 1.400 pessoas ao Cine-Teatro Ópera

O auditório B do Cine-Teatro Ópera foi o palco para as comemorações de 10 anos da companhia ponta-grossense Grupo Dia de Arte, que celebrou a data junto ao público fazendo aquilo que mais gostam: teatro. Mais de 1.400 crianças e adultos estiveram presentes nas 16 apresentações gratuitas, que começaram no dia 14 de setembro e encerraram no dia 10 de outubro de 2024. O Festival Dia de Arte – 10 anos teve o incentivo do Selo Paraná Festivais e foi realizado pelo Grupo Dia de Arte, com recursos da Lei Paulo Gustavo, e contou com o apoio da ABC Projetos Culturais e Estratégia Projetos Criativos.

“O Festival Dia de Arte – 10 anos foi muito maior do que eu poderia imaginar. Foi maravilhoso levar o teatro gratuitamente para a comunidade, e para nós também teve um gostinho muito especial de nostalgia misturado com coragem e muita perseverança, que eu acredito que é o que significa os nossos 10 anos de trajetória”, comemora Michella França, uma das fundadoras da companhia.

Além das peças abertas ao público, o festival também contou com espetáculos para escolas públicas de áreas periféricas de Ponta Grossa, que puderam levar seus alunos até o teatro, com transporte bancado pelo próprio festival. João Lucas, do Colégio Estadual Prof. João Ricardo von Borell du Vernay, teve a oportunidade de assistir uma das peças apresentadas pelo Festival. “Eu acredito que isso foi uma ação muito importante para as escolas e para os adolescentes porque permitiu inserir esse público na cena cultural e disseminar a arte de uma maneira lúdica, profunda e cheia de reflexões”, discute o estudante.

Para David Dias, ator e um dos fundadores do Grupo Dia de Arte, o festival permitiu que o grupo entendesse tanto o espaço da arte para a cidade, quanto ver o desenvolvimento do grupo nesta década de existência. “As sessões com casa cheia mostraram que as pessoas realmente apreciam a arte e estão dispostas a prestigiar nossos eventos. A dedicação e o talento de cada integrante da equipe foram fundamentais para alcançarmos esse sucesso”, celebra o ator.

Ao todo, foram 16 apresentações de nove peças, todas com audiodescrição e intérprete de libras, sendo sete espetáculos do repertório do grupo: Heróis da Natureza, Uma Aventura no Mundo dos Livros, Aí! Sumiram os brinquedos, O que eu deveria ser se não fosse quem eu sou, Entre o Sol e a Lua, Memórias e Querem Acabar Comigo. O festival contou também com duas peças de grupos paranaenses convidados: ‘Pelas Mãos de Maria ou Vozes de Simone’, da Cia de Teatro Abração, de Curitiba, e “Contos da Dona Onça”, da Cia Cenatrupe, de Sarandi.

Para a sua realização, o Festival contou com a parceria da Associação de Teatro para Infância e Juventude (ATINJ), do Estado do Paraná, como forma de aumentar o intercâmbio cultural de diferentes regiões do estado. Segundo Letícia Guimarães, da Cia do Abração, a realização do festival foi importante porque possibilitou o encontro de diferentes artistas, além de desenvolver uma relação entre o público e o artista. “O festival é um espaço de profundo afeto. A oportunidade de troca é onde realmente crescemos como companhia”, comenta.

“Um grupo de teatro do interior, totalmente independente e mesmo em meio a todas as suas dificuldades permanece sempre firme e constante em suas atividades. Que assim continuemos e que venham muitos e muitos dias de arte”, finaliza Michella.

 Grupo Dia de Arte.

Fundado em 2014 por Michella França e David Dias, a companhia de teatro Grupo Dia de Arte tem como objetivo levar arte, cultura e educação para o público de todas as idades. Ao longo de sua trajetória, o grupo se destaca no cenário teatral paranaense com mais de 500 apresentações e espetáculos premiados, que abordam temas como literatura, brincadeiras para crianças, identidade e violência contra a mulher.

Entre seus espetáculos premiados, destacam-se ‘Aí! Sumiram os brinquedos’, que venceu o Prêmio Domingo Tem Teatro SEEC 2017 e o Festival Nacional de Teatro (FENATA) 2017, na categoria ‘Melhor Espetáculo Mostra Campos Gerais’; e ‘O que eu deveria ser se não fosse quem eu sou’, que venceu Prêmio Circulação de Espetáculos de Ponta Grossa 2019/2022 e 2023, Programa Municipal de Incentivo à Cultura de Ponta Grossa (Promific) 2019  com um projeto de circulação do espetáculo e o Promific 2020 com um projeto de documentário sobre o espetáculo e o cenário de violência contra a mulher em Ponta Grossa.

Para mais informações, é possível acompanhar o Grupo Dia de Arte nas redes sociais: @espacodiadearte no Instagram e Grupo Dia de Arte no Facebook. O festival foi viabilizado pela Lei Paulo Gustavo – Selo Paraná Festivais, da Secretaria do Estado de Cultura – Governo do Paraná, com recursos do Ministério da Cultura – Governo Federal. O projeto teve o apoio da ABC Projetos Culturais e Estratégia Projetos Criativos.

 Das assessorias

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