Filho de Mayr Facci compartilha histórias curiosas de “O Gato” para o Memorial do Basquete de Ponta Grossa

A Associação do Memorial do Basquetebol de Ponta Grossa (AMBPG) segue comprometida em preservar a história do esporte na região e um dos nomes mais importantes que faz parte desse legado é Mayr Facci, conhecido como “O Gato”. Grande ícone do basquete nacional e internacional, Facci teve uma carreira notável tanto dentro quanto fora das quadras. Agora, seu filho caçula, Marcus Facci, 67, decidiu compartilhar duas histórias curiosas sobre a vida de seu pai com o Memorial do Basquete de Ponta Grossa.

Uma das lembranças mais marcantes de Marcus envolve o romance entre seu pai e sua mãe, Evelyn Van Wilpe Swhartz. Nos anos 1950, Mayr Facci, paulista de nascença, foi convocado pela Confederação Brasileira de Basquete para integrar a Seleção Brasileira nos Jogos Olímpicos. Durante uma visita da Seleção a Ponta Grossa para realizar jogos-treino, Mayr conheceu Evelyn em um desses eventos, e os dois se apaixonaram à primeira vista. Depois de concluir seus compromissos com a Seleção, Facci retornou à cidade para casar com Evelyn, o que fez com que decidisse estabelecer residência em Ponta Grossa.

Outra passagem memorável envolve a tentativa do Flamengo de levar Mayr Facci para o time de basquete carioca. Segundo Marcus, o clube chegou a oferecer ao Guarani Esporte Clube dois jogadores, incluindo o lendário Zagallo, em troca de Facci. No entanto, o Guarani recusou a proposta, e Mayr, já casado e feliz em Ponta Grossa, optou por não sair.

Mayr Facci fez história no basquete brasileiro, representando a Seleção em duas edições dos Jogos Olímpicos (1952 e 1956), além de participações em Campeonatos Mundiais, Pan-Americanos e Sul-Americanos. Foi também um ícone do Guarani Esporte Clube e deixou seu nome marcado em competições estaduais, sendo oito vezes campeão paranaense. Em homenagem ao seu legado, foi criado o Torneio Mayr Facci para veteranos de basquete em Ponta Grossa.

Facci faleceu em 2015, aos 87 anos, mas sua história continua viva através do Memorial do Basquete e das lembranças de seus familiares.

Leia também: Ponta Grossa tem maior número de mortes por colisão no trânsito desde 2018