O deputado estadual Soldado Fruet (PROS) voltou a questionar a destinação dos lucros milionários da Copel após a energética controlada pelo Governo do Paraná reportar lucro líquido de R$ 669,8 milhões no primeiro trimestre de 2022. O resultado financeiro foi divulgado ao mercado no final da tarde de quarta-feira (11). “Graças ao governo Ratinho Junior, infelizmente, o dinheiro suado do povo paranaense vai continuar engordando os bolsos dos acionistas bilionários da Copel”, criticou o parlamentar, que defende o uso de parte dos ganhos da empresa para subsidiar uma redução tarifária aos consumidores.
Segundo ele, “nesse momento caótico, de crise e alta generalizada dos preços de itens essenciais, como alimentos e combustíveis, assim como os serviços públicos, que estão pesando demais no orçamento das famílias paranaenses, o Governo do Estado poderia ter sensibilidade e reverter o lucro para o bem-estar da população, diminuindo o valor das faturas de energia através de subsídio”. O deputado lamentou que “há muito tempo a Copel deixou de ser do povo paranaense e virou um grande balcão de negócios que atende exclusivamente aos interesses de um seleto grupo de grandes acionistas”.
[RELACIONADAS]Desde o início do mandato, o deputado vem cobrando o papel social para o qual foram criadas as empresas públicas controladas pelo Governo do Paraná. No início de abril, após a Copel divulgar lucro recorde de R$ 5 bilhões em 2021, o deputado disse em plenário que a conta de luz baixaria 15% se a empresa distribuísse apenas 25% do lucro líquido, como previsto em lei, o que corresponderia a R$ 1,187 bilhão. Mas a empresa anunciou distribuição de R$ 2,565 bilhões em dividendos.
Em meio à luta pela redução da conta de luz dos paranaenses, Soldado Fruet já obteve vitórias contra a Copel. No ano passado, após ele denunciar em plenário a tentativa de aumentar em até 50% os salários dos conselheiros, a Copel retirou o item de pauta. No último dia 5 de abril, o deputado subiu à tribuna da Assembleia Legislativa para denunciar a proposta de aumento do salário dos conselheiros e ainda um bônus de mais de R$ 3 milhões para os sete diretores. Após o questionamento do deputado, a Copel vetou os benefícios financeiros para o alto escalão na assembleia geral de 29 de abril.
Assessoria ALEP
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