Uma socorrista relatou à reportagem do BnT que tem sido alvo de ameaças de morte proferidas por uma funcionária da empresa tercerizada contratada pelo SAMU de Ponta Grossa. Um boletim de ocorrência foi registrado, onde a suspeita, uniformizada, teria ameaçado ela, que também é ex-funcionária do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência.
O caso começou em fevereiro, dentro da instituição, quando a vítima ainda trabalha lá. Durante uma ligação de emergência, a funcionária suspeita de cometer as ameaças teria anotado o endereço incorreto de uma ocorrência, enviando uma ambulância para o local errado, causando transtornos.
Após o incidente, a vítima, na época também funcionária do SAMU, chamou a atenção da suspeita pelo erro, ressaltando que não seria a primeira vez que tal falha ocorria. Isso gerou uma discussão dentro da Central de Regulação, que escalou para perseguições e ameaças de morte.
Cerca de um mês após o incidente, a vítima foi demitida pela empresa terceirizada responsável pelo serviço, sem qualquer explicação do motivo da demissão.
Desde então, as ameaças se intensificaram. No dia 23 de maio, mesmo após a vítima não fazer mais parte do quadro de funcionários do SAMU, a suspeita, ainda funcionária terceirizada, foi até a casa da mãe da socorrista para ameaçá-la, conforme consta no boletim de ocorrência. A acusada teria dito que poderia matar a vítima e alertou para tomar cuidado, andava com a arma do marido, um militar do Exército Brasileiro. Testemunhas confirmaram que a mulher usava o uniforme do SAMU durante as ameaças. Além disso, a suspeita também teria tentado atropelar a vítima.
Nossa equipe procurou a diretora responsável pelo CIMSAMU, Scheila Mainardes, que declarou que o caso não envolve a instituição, pois ocorreu fora do ambiente de trabalho, e que o serviço não tem relação com questões pessoais.
A vítima relatou ainda que tentou resolver o caso com o setor administrativo da Central de Regulação de Urgência (CRU), que afirmou que verificaria a situação, mas não deu atenção ao caso. Ao ser procurado pela nossa equipe, o setor respondeu apenas com um ponto de interrogação.
Para finalizar, a vítima disse que seu maior sonho era trabalhar no SAMU, pois ama a área da saúde. No entanto, ela conta que se arrepende: “Se eu soubesse, nunca na minha vida teria começado a trabalhar lá,” finalizou.
O caso foi registrado em boletim de ocorrência na 13ª Subdivisão Policial e deverá ser investigado.
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