Elemento estranho, um peixe que nada por outras águas, ainda pouco acostumado às revoltas ondas. Servia para prender, mas era ele quem primeiro se aprisionava a fim de também reter, agarrar firmemente. Assim ele vivia. Olhava para si mesmo sem encontrar outra opção que não fosse daquela cabeleira buscar a contenção. Era isso: viver preso ao couro cabeludo ou trancafiado numa caixa, em gavetas retido e esquecido. Nas cabeças das senhoras a enrolar cabelos em bobs de todos os tamanhos. Um paradoxo estético, para embelezar, antes, era necessário tornar meio estranho. Foi num mar de cabelos que vi os grampos sumirem, desaparecerem, brincarem escondidos de não deixar ninguém ver, dificultando o gesto de recolher. E as senhoras seguiam com seus grampos, a cabeça repleta deles e lenços cintilantes a cobrir e adornar. Quando olho para uma caixa com eles, não sei se apenas se escondem ou se dormem, esperando quem venha (esperando que eu venha ou esperando que venham) lhes acordar para a cabeça de outro alguém espetar.
Leia mais: Pacotes, por Renata Regis Florisbelo
Mulher de 60 anos tentava atravessar a rodovia, quando foi atingida por um Fiat Strada.…
Durante o patrulhamento, os policiais avistaram um indivíduo suspeito. Ao abordá-lo, foi encontrada uma faca…
Solicitante relatou que estava realizando entrega de panfletos no local, quando foi assediada por um…
Veja as notas de falecimentos das últimas 24h divulgadas pelo Serviço Funerário Municipal de Ponta…
Mabel Canto emite nota sobre incidente com candidata a vice-prefeita em Ponta Grossa
Trabalhador sofre fratura grave após manilha cair em sua perna durante serviço na SANEPAR, Ponta…
Esse site utiliza cookies.
Política de Privacidade